Sou formada em Publicidade e Propaganda; Letras Inglês e Português; fiz Pós-graduação em Planejamento Educacional e Docência do Nível Superior; e Mestrado em Educação.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PARÁFRASE: UMA IMPORTANTE ATIVIDADE

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Para o Escritor Iniciante

Parafrasear é reproduzir um texto original, através de suas palavras, sem alterar-lhe o sentido, isto é, mantendo as idéias originais. Isso quer dizer que embora você redija com suas palavras e estilo próprio, devem ser seguidos os passos do texto original sem que se percam informações indispensáveis à compreensão ou a interpretação.

É um tipo de atividade muito importante para quem está começando no ofício de escriba. Pois permite ao escrevedor praticar os mecanismos de busca de sinônimos e de outras estruturas possíveis para a mesma frase, sem se preocupar com o como começar, o que dizer e como continuar. E isso traz melhoria no desempenho da escrita.

A paráfrase não é sinônimo de resumo. Enquanto o resumo privilegia a síntese, a paráfrase se propõe a traduzir o texto original, podendo até ser maior ou menor que o texto parafraseado.

Também não é sinônimo de paródia, esta é a imitação de uma obra, tendo como veículo o humor para distorcer ou criticar as idéias originais. A paródia foi grandemente usada pelos autores modernistas para criticar obras consagradas da literatura brasileira. Mario de Andrade, por exemplo, parodiou o romance A Escrava Isaura, de Bernardo Guimarães, com o livro A Escrava que não era Isaura.

A paráfrase não deve ser confundida com o plágio porque seu autor explicita a intenção e deixa claro a fonte.

O poema mais parafraseado, parodiado e estilizado em toda literatura brasileira é, possivelmente, a“Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias, poeta do século XIX. Abaixo, como exemplo, a primeira estrofe do poema e de sua respectiva paráfrase:

Texto Original

“Minha terra tem palmeiras

Onde canta o sabiá,

As aves que aqui gorjeiam

Não gorjeiam como lá.”

(Canção do exílio, Gonçalves Dias)

Paráfrase

“Meus olhos brasileiros se fecham saudosos

Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.

Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?

Eu tão esquecido de minha terra...

Ai terra que tem palmeiras

onde canta o sabiá!”

(Carlos Drummond de Andrade, em Europa, França e Bahia)

O poeta Carlos Drummond de Andrade transpõe o texto primitivo conservando suas idéias, que é a saudade da terra natal.

[Ricardo Sérgio]

O que é paráfrase?

 

Parafrasear consiste em transcrever, com novas palavras, as idéias centrais de um texto. O leitor deverá fazer uma leitura cuidadosa e atenta e, a partir daí, reafirmar e/ou esclarecer o tema central do texto apresentado, acrescentando aspectos relevantes de uma opinião pessoal ou acercando-se de críticas bem fundamentadas. Portanto, a paráfrase repousa sobre o texto-base, condensando-o de maneira direta e imperativa. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. Acrescenta-se o fato de possibilitar um diálogo intertextual, recurso muito utilizado para efeito estético na literatura moderna.

Como ler um texto

Recomendam-se duas leituras. A primeira chamaremos de leitura vertical e a segunda, de leitura horizontal.

  • Leitura horizontal é a leitura rápida que tem como finalidade o contato inicial com o assunto do texto. De posse desta visão geral, podemos passar para o próximo passo.

  • Leitura vertical consiste em uma leitura mais atenta; é o levantamento dos referenciais do texto-base para a perfeita compreensão. É importante grifar, em cada parágrafo lido, as idéias principais. Após escrever à parte as idéias recolhidas nos grifos, procurando dar uma redação própria, independente das palavras utilizadas pelo autor do texto. A esta etapa, chamaremos de levantamento textual dos referenciais. A redação final é a união destes referenciais, tendo o redator o cuidado especial de unir idéias afins, de acordo com a identidade e evolução do texto-base.

10 mandamentos para apresentação de monografias e eventos

 

Ha tempos, me pedem, este guia, para apresentação de monografias e eventos. São dicas simples, mas que ajudam  o formando a se apresentar no momento mais importante de sua carreira profissional, seja na apresentação de sua monografia, na entrevista de emprego ou em algum evento científico.

 

  1. Não desleixe da aparência jamais. Na apresentação de monografias ou outros eventos todo cuidado é pouco. O momento requer um vestuário simples e formal, nada muito exagerado. As mulheres evitem decotes generosos, saias muito curtas, maquiagem carregada, transparências, afinal o que está em jogo não é a sedução. Os homens, devem dar preferência a camisas de tons neutros, como o branco, cinza, tons claros de outras cores, nada de camisas sem manga ou com propaganda de alguma coisa. Calça deve ser social, sem ser muito justa (estilo Zéze de Camargo e Luciano), jeans se for escuro e sem detalhes chamativos e sapato social. A meia combina com a cor do sapato. A única pessoa que usava meia branca com sapato preto era o Jackson quando tinha nariz e era negro. Agora, se o evento for muito chique pode-se utilizar terno e gravata, de preferência italiana (aquelas pequenas, existem imitações a venda).  Lembre-se que imagem e postura conta muito. Cabeça erguida, coluna ereta demonstra entusiasmo e elegância. Também cuidado com o exagero dos perfumes principalmente para as mulheres e cheiro de cigarro, nada mais desagradável. Se é fumante compulsivo, procure levar alguns chicletes a base de nicotina, faz o mesmo efeito (acalma).
  2. Cheque cedo. Nunca, chegue em cima da hora, quando for se apresentar. Economize stress.  Cheque cedo, se possível, uma hora antes para testar seu pendrive e afins se for usar computador. Se apresentação for pela manhã, acorde mais cedo, para não chegar com cara de sono. Leve bala de menta e água, pois algumas pessoas com o nervosismo, a voz pode faltar.
  3. Cuidado com slides: A maioria das universidades e faculdades estão utilizando-se de datashow e computador, portanto, sempre leve 3 versões,  pois pode ocorrer problemas de compatibilidade de arquivos, assim, nunca é demais ter uma versão em PDF, a maioria dos computadores tem leitor de pdf) e outra em slides (Powerpoint ou Impress) e outra no papel (imprimido) , pois pode ocorrer algum problema técnico com o computador ou mesmo faltar energia elétrica, assim não será prejudicado. Outro detalhe: menos sempre significa mais, portanto, economize nos efeitos especiais, pois dependendo da configuração da máquina, da versão do editor de apresentações podem falhar na hora H. Isso vale para as fontes também. O formato da letra deve ser legível para todos, inclusive aquele senhor sentado na última cadeira. Lembre-se fundo escuro letra clara e vice-versa. Use fontes classicas como arial ou times new roman, nada de letras muito enfeitadas, que só você tem no seu computador.  Cuidado com os famosos erros de digitação! Erro de português é imperdoável! Não use lasers ou apontadores, a não ser que seja legista do CSI e que queira mostrar um detalhe hiper mega  super importante sem o qual ninguém iria entender. Portanto, usar o laser é subestimar a inteligência de sua platéia e da banca examinadora.  Em resumo, a apresentação deve ser clara, sem ser brega (muito efeites ou poluição visual) com pouco texto (somente tópicos), pois importante é o que você vai falar.
  4. Modere seu linguajar. Mesmo que sua apresentação seja entre seus parentes ou amigos, utilize um linguajar culto sem ser rebuscado demais. Não utilize gírias, palavrões, piadinhas,  cuidado com erro de pronúncia, (se não sabe pronunciar procure um sinônimo), gaguejar (demonstra nervosismo, se tem algum problema nesse sentido, procure treinar antes em casa),  fugir do assunto falando de problemas pessoais etc. Se deu um “brancão” volte para os slides com o velho chargão “dando continuidade a apresentação”…. e continue como se nada tivesse acontecido. As vezes o seu erro é imperceptível para a platéia e muito menos para a banca.
  5. Modere seu tom de voz. Não fale baixo demais, pois pode ser entendido como linguagem de sedução, ou pior ninguém vai lhe escutar, nem mesmo quem está na banca. Também evite falar alto demais, pois demonstra desconsideração com o outro. Se desconhece qual seu tom de voz, experimente gravar (a maioria dos celulares vem com o gravador de voz embutido) e escute sua própria voz e saberá distinguir se está exagerado ou baixo demais.
  6. Seja objetivo e mantenha um gestual simples de poucos movimentos. A apresentação é no máximo, 20 vinte minutos, o que significa que pode ser menos. O ideal é se apresentar entre 10 a 15 minutos para e deixar 5 min para intervenção da banca. O que não pode é ultrapassar o tempo, portanto cuidado, teste em casa, usando o cronômetro do seu celular. Evite gesticular demais, ficar passando a mão na cabeça a cada 30 segundos, mexer demais as pernas ou mãos, assim, as pessoas vão prestar mais atenção nos gestos do que na sua fala, além do que demonstra nervosismo e não tranqüilidade.
  7. Procure não ler nada em papéis e mesmo os slides. Fazer a leitura de papéis demonstra que não domina o conteúdo, portanto se esforce em estudar e ler seu trabalho, afinal foi você que fez, não foi? Os slides e retroprojetor é apenas um apoio, você deve ser capaz de falar mesmo sem ele. Outro detalhe os slides devem ter textos curtos (apenas os tópicos, imagens) que ajudem a lembrar do assunto, portanto evite ler somente o que está nos slides, a não ser que seja realmente necessário. Haja com traquilidade, faça uma leitura com entonação. Entre um slide e outro faça um comentário particular (pessoal). Para a apresentação da monografia, a média de slides é entre 12/15. Nada mais do que isso. Não adianta fazer 25 slides, porque não vai dar tempo e fica horrível, ter que passar os slides sem mostrar, demonstra que não teve objetividade.
  8. Mantenha a calma. Algumas pessoas tem medo de se apresentar na frente de outras pessoas por traumas na infância. Se você faz o tipo que tem medo de público, procure assistir a apresentação de outras pessoas, assim saberá o que vai passar. No momento da apresentação, apresente-se a banca educamente (seu nome, nome do curso, nome do orientador e título). Dirija-se a plateia e procure olhar para um ponto neutro (por exemplo, um quadro, um canto da parede) sem que ninguém perceba. Evite olhar para a banca ou para a platéia, pois pode ser influenciado pelos olhares de aprovação ou desaprovação da platéia.
  9. Deslique o celular. Nada mais indelicado na hora de sua apresentação é estar com aquele aparelhinho a tira-colo, pois desconcentra e além do que é uma gafe indesculpável. O toque do celular mesmo na vibração (silencioso) pode cortar o raciocínio e você pode acabar se perdendo na apresentação.
  10. Concentre-se nos resultados e conclusão. Muita gente perde muito tempo na introdução e na revisão de literatura e esquece o mais importante que são os resultados e a conclusão. Na hora da apresentação a banca não se manifesta, somente ao final, com certeza vai fazer comentários, sugerir correções, fazer questionamentos. Isso é normal, inclusive quem tirou dez passou por isso! Ao ser questionado pela banca, JUSTIFIQUE-SE. Nada de ser monossilábico (respondendo apenas sim ou não), ao contrário, você pode defender que o “céu é cor de rosa”, dependendo apenas de sua retórica e de sua justificativa.

Por fim, se alimente bem, relaxe um dia antes, procure dormir oito horas, namore, são apenas 15 minutos que lhe ajudarão pela vida inteira.

Antes, lembre-se que toda apresentação deve ter: (Roteiro da apresentação)

Capa/Apresentação: Nome, orientadora, faculdade, curso (1 slide)

Introdução: Tema (qual o assunto?) Justificativa (por que escolheu este tema?), problemática (qual problema investigou?) objetivos, (qual seu objetivo?) relevância (qual a importância do seu estudo para a comunidade acadêmica e envolvidos?) (2/3 slides)

Revisão de literatura (a contribuição dos principais teóricos) (2/3 slides)

Metodologia (como fez a pesquisa? Local? período? Tipo? mesmo bibliográfica, precisa dizer de onde consultou as fontes). (1 slide)

Resultados e conclusão (Sua resposta ao questionamento inicial) (2/3 slides)

Algumas referências (não precisa ler) 1 (slide)

Agradecimentos rápidos (se quiser pode concluir com um pensamento)(1 Slide)

Uma média de 12/13 slides ta excelente!

Dez Dicas Rápidas para Fazer uma Boa Redação

 

1) Na dissertação, não escreva períodos muito longos nem muitos curtos.

2) Na dissertação, não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”, que mostram dúvidas em seus argumentos.

3) Uma redação “brilhante” mas que fuja totalmente ao tema proposto será anulada.

4) É importante que, em uma dissertação, sejam apresentados e discutidos fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta.

5) A postura mais adequada para se dissertar é escrever impessoalmente, ou seja, deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.

redaçao

6) Na narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos humanos.

7) O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.

8 ) O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que uma simples redação vista como um episódio circunstancial de escrita.

9) A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais.

10) Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.

Tutorial Monografia

 

Neste tutorial, a Universia Brasil pretende mostrar as características fundamentais para montar corretamente a estrutura do trabalho acadêmico e usar corretamente as formatações necessárias de acordo com aquilo que a ABNT estabelece.

Clique no link abaixo e boa Leitura!

http://cultura.universia.com.br/tutoriais/monografias/01.jsp

Como Organizar sua Monografia

 

Introdução

Este documento tem como objetivo orientar o aluno na organização de sua monografia, cuja redação é elemento central para obtenção de um título em nível de pós-graduação. Para saber como organizar uma monografia, você deve primeiro entender os apectos envolvidos em atividades de pesquisa na  pós-graduação. Pretende-se, portanto, que este documento seja uma ferramenta útil tanto no início do programa de pós-graduação como mais tarde, ao redigir a monografia.  

 

O que é Pesquisa na Pós-Graduação

O que distingue a pesquisa na pós-graduação é a contribuição original ao conhecimento. A monografia é um documento formal cujo único propósito é provar a realização de uma contribuição original ao conhecimento. O insucesso em provar que tal contribuição foi realizada geralmente leva ao insucesso.

Para este fim, sua monografia deve mostrar duas coisas importantes:

  • você identificou um problema de valor, ou uma pergunta que ainda ninguém pode responder, e,
  • você resolveu o problema ou respondeu à pergunta.

Sua contribuição ao conhecimento geralmente está na solução do problema ou na resposta à pergunta .

O que é a Monografia na Pós-Graduação

Como o propósito da monografia na pós-graduação é provar que se realizou uma contribuição original e útil ao conhecimento, os examinadores lêem sua na monografia buscando respostas para as seguintes questões:

  • que tipo de pergunta o aluno fez?
  • é uma boa pergunta ? (já foi respondida alguma vez ? é uma pergunta que vale a pena explorar ?).
  • o aluno me convenceu que a pergunta foi respondida adequadamente ?
  • o aluno realizou uma contribuição adequada ao conhecimento?

Uma descrição muito clara da pergunta é essencial para se provar que você fez uma contribuição original e de valor ao conhecimento. Para provar a originalidade e o valor da contribuição, você deve apresentar uma revisão exaustiva da literatura existente sobre o tema, e de temas estreitamente relacionados. Então, através de uma referência direta à revisão da literatura, você deve demonstrar que a pergunta (a) não foi respondida previamente, e (b) que vale a pena respondê-la. Descrever como você respondeu à pergunta é geralmente mais fácil de escrever, uma vez que você esteve intimamente envolvido com os detalhes ao longo de sua pós-graduação.

Se a monografia não fornece respostas adequadas para algumas questões mencionadas acima, provavelmente você estará sujeito a ter de realizar revisões extensas ou a não ser aprovado na ocasião da defesa do trabalho. Por esta razão, a estrutura genérica da monografia apresentada a seguir foi elaborada com vistas à enfatizar as respostas àquelas questões com uma organização da monografia e títulos de seções adequados. A estrutura da monografia é genérica, podendo ser usada em qualquer monografia. Mesmo que alguns professores prefiram outro tipo de organização,  os elementos essenciais de qualquer monografia não mudam. Algumas notas adicionais acompanham a estrutura apresentada.

Lembre-se sempre que a monografia é um documento formal: cada elemento deve estar no lugar apropriado, e deve-se eliminar a repetição de informações em lugares diferentes.

Uma Estrutura Genérica de Monografias

1. Introdução

Deve-se incluir uma introdução geral sobre o que se trata o trabalho – ou seja, a introdução não é meramente uma descrição do conteúdo de cada seção. Resuma brevemente a pergunta (a ser detalhada mais a frente), descreva algumas das razões de ser uma pergunta de valor, e talvez inclua uma apreciação geral de seus principais resultados. A introdução é uma visão panorâmica acerca das respostas das principais questões respondidas na monografia (veja acima).

2. Conhecimento prévio (opcional)

Pode haver necessidade de se incluir uma breve seção fornecendo revisões sobre conceitos relevantes especialmente se o trabalho envolver dois ou mais campos de conhecimento clássicos. Isso contempla a situação em que os leitores não têm qualquer experiência com parte do material necessário para compreender a sua monografia, de forma que você precisa dar este material a eles. Um título diferente do que o aqui utilizado para esta seção geralmente soa melhor, por exemplo, "Uma breve revisão de Álgebra de Frammis.”

3. Revisão do Estado da Arte

Nesta seção deve-se incluir uma revisão do estado da arte relevante para a sua monografia. Novamente, um título diferente pode ser mais apropriado;  por exemplo, “O Estado da Arte dos Algoritmos de Zylon".  A idéia é apresentar as principais idéias no estado da arte até o momento  (a análise crítica das mesmas é considerada mais a frente), mas sem incluir material sobre as suas próprias e brilhantes idéias.

A seção deve ser organizada por idéia, e não por autor ou por publicação. Por exemplo, se existem três abordagens principais para Algoritmos de Zylon até o momento, pode-se organizar subseções para cada abordagem se necessário:

3.1 Aproximação iterativa de Zylons
3.2 Peso estatístico de Zylons
3.3 Abordagens baseadas em Teoria de Grafos para manipulação de Zylon

4. Questionamento da Pesquisa ou Descrição do Problema

Monografias de engenharia costumam fazer referência a um “problema” a ser resolvido onde outras disciplinas consideram uma “pergunta” a ser respondida. Em ambos os casos, esta seção deve incluir três partes principais:

1. Uma descrição concisa da pergunta tratada em sua monografia.
2. Justificativas de porque sua pergunta não foi respondida previamente, fazendo-se
   referência direta à seção 3.
3. Discussões de porque vale a pena responder a esta pergunta.

O item 2 acima é onde se analiza a informação apresentada na seção 3 (revisão do estado da arte). Por exemplo, talvez o seu problema consista em “desenvolver um algoritmo de Zylon capaz de tratar problemas de grande porte em tempos computacionais razoáveis” (você deve também explicar o quer dizer com “grande porte” e “tempos razoáveis” na descrição do problema). Na análise do estado da arte você deve mostrar como cada classe das abordagens atuais falha (por exemplo, que uma dada classe pode tratar apenas problemas de pequeno porte ou que os tempos computacionais são excessivos). Na última parte desta seção, você deve explicar porque é útil ter um algoritmo de Zylon rápido para problemas de grande porte, por exemplo, descrevendo aplicações onde o mesmo possa ser utilizado.

Uma vez que esta é uma das seções cujo conteúdo os leitores estarão particularmente interessados, ela deve ser ressaltada, usando-se a palavra “problema” ou “pergunta” no título; por exemplo, “Descrição do problema”, ou quem sabe algo mais específico como “O Problema do Algoritmo de Zylon para exemplos de grande porte”.

5. Descrição de como se resolveu o problema ou como se respondeu a pergunta

Esta seção da monografia tem um formato muito mais livre. Ela pode ter uma ou várias seções e subseções. Entretanto, seu propósito é único: convencer os examinadores que você respondeu a pergunta ou resolveu o problema descrito na seção 4. Assim, mostre o que de relevante foi feito para responder a pergunta ou resolver o problema: se existirem passagens obscuras ou inconclusivas, não as inclua a não ser que sejam especificamente relevantes para demonstrar que você respondeu a pergunta da monografia.

6. Conclusões

Geralmente a seção de Conclusões compreende três partes, e cada uma delas merece uma subseção separada:

1. Conclusões
2. Resumo de Contribuições
3. Pesquisa Futura

Conclusões não são um resumo desconexo da monografia: elas devem consistir de declarações curtas e concisas das inferências obtidas com a realização do trabalho. É útil organizá-la  na  forma de parágrafos curtos e numerados, apresentados em ordem decrescente de importância. Todas as conclusões devem estar diretamente relacionadas com a pergunta descrita na seção 4. Exemplos:

1. O problema descrito na seção 4 foi resolvido: como demonstrado nas seções ? a ??, foi desenvolvido um algoritmo capaz de tratar problemas de Zylon de grande porte em tempos computacionais razoáveis.

2. O principal mecanismo necessário no algoritmo de Zylon melhorado é o mecanismo de Grooty.

3. Etc.

O Resumo de Contribuições será procurado e cuidadosamente lido pelos examinadores. Aqui você deve listar as contribuições de sua monografia que de fato atualizam o corpo de conhecimento da área. Obviamente, a monografia em si deve substanciar quaisquer declarações feitas nesta seção. Pode existir alguma superposição com a seção de Conclusões, o que não representa problema. Mais uma vez, é melhor utilizar parágrafos numerados e concisos. Organize-os em ordem decrescente de importância. Exemplos:

1. Desenvolveu-se um algoritmo muito mais rápido para problemas de Zylon de grande porte.

2. Demonstrou-se pela primeira vez o uso do mecanismo de Grooty para os cálculos de Zylon.

3. Etc.

A subseção de Pesquisa Futura é incluída para que pesquisadores que venham a ler o seu trabalho   possam se beneficiar das idéias geradas enquanto você estava trabalhando no projeto. Mais uma vez, é bom utilizar parágrafos concisos e numerados.

7. Referências

A lista de referências está estreitamente relacionada à revisão do estado da arte apresentado na seção 3. A maioria dos examinadores revisam sua lista de referências procurando os trabalhos mais importantes da área, de forma a se assegurarem de que foram listados e referenciados na seção 3. Na realidade, a maioria dos examinadores também procuram suas próprias publicações se elas fazem parte da área temática da monografia, portanto, as inclua. Além disso, a leitura das publicações dos examinadores geralmente lhe dará pistas acerca do tipo de perguntas que eles provavelmente lhe farão.

Todas as referências devem estar referenciadas no corpo principal da monografia. Note a diferença de uma Bibliografia, a qual pode incluir trabalhos não diretamente referenciados no texto. Organize a lista de referências em ordem alfabética pelo sobrenome do autor (preferível) ou pela ordem de citações na monografia.

8. Apêndices

O que é escrito em apêndices? Qualquer material que impeça o fluxo contínuo e suave da apresentação, mas que seja importante para justificar os resultados da monografia. Geralmente é o material demasiadamente detalhado para ser incluído no corpo principal da monografia, mas que deve ser disponibilizado para consulta de forma a convencer suficientemente os examinadores. Alguns exemplos incluem listas de programas, imensas tabelas de dados, provas matemáticas ou derivações, etc.

Comentários acerca da Estrutura da Monografia

Mais uma vez, a monografia é um documento formal projetado para endereçar as duas perguntas principais dos examinadores. As seções 3 e 4 mostram que você escolheu um bom problema e a seção 5 mostra que você o resolveu. As seções 1 e 2 conduzem o leitor para o problema e a seção 6 ressalta o principal conhecimento gerado por todo o exercício.

Note também que tudo o que os outros fizeram está cuidadosamente separado de tudo aquilo que você fez. Saber quem fez o quê é importante para os examinadores. A seção 4 (Descrição do Problema) é a linha divisória óbvia, razão pela qual ela é incluída no meio deste documento formal.

Primeiros Passos

A melhor maneira de iniciar sua monografia é preparar um esboço estendido. Começa-se construindo um Sumário (ou Conteúdo), listando cada seção e subseção que você pretende incluir. Para cada seção e subseção, escreva uma breve descrição de seu conteúdo. O esboço inteiro deve ter de 2 a 5 páginas de extensão. Você e seu orientador devem então rever cuidadosamente este esboço: Existe material desnecessário (ou seja, não diretamente relacionado à descrição do problema)? Remova-o. Falta algum material ? Adicione-o. É menos doloroso e mais eficiente tomar tais decisões neste estágio inicial, ao invés de após muito material já ter sido escrito e tiver que ser descartado. 

Quanto tempo leva para escrever uma monografia?

Muito mais do que você imagina. Mesmo depois da pesquisa em si ter sido terminada -- modelos construídos, cálculos completados -- é aconselhável reservar pelo menos um semestre completo para escrever a monografia. Não é o ato físico de digitar o texto que toma tanto tempo, mas o fato de que escrever uma monografia requer a completa organização de seus argumentos e resultados. É durante esta formalização de resultados em um documento bem organizado e capaz de resistir ao escrutínio dos examinadores especialistas é que você descobre os pontos vulneráveis da monografia. A correção destas vulnerabilidades é o que toma tempo.

Também é provável que esta seja a primeira vez que seu orientador veja a expressão formal de conceitos que podem ter sido aprovados previamente de uma maneira informal. Estes são os momentos em que se descobrem equívocos ou limitações do que foi acordado informalmente. A correção destas dificuldades toma tempo. Se você está fazendo sua pós-graduação em um país cuja língua não é a sua língua materna, você pode ter dificuldades em comunicar suas idéias, o que requer várias revisões do texto. Além disso, orientadores às vezes demoram para revisar e devolver os rascunhos.

Resumindo: Disponha de bastante tempo. Um trabalho feito às pressas tem conseqüências dolorosas durante a defesa.

Dicas

Sempre tenha em mente a formação e o perfil do leitor. Quem é o seu público? Quanto é razoável esperar que eles saibam sobre o tema antes de ler a sua monografia? Geralmente, eles conhecem bem o problema geral, mas não tiveram como você, o envolvimento íntimo com seus aspectos mais detalhados durante os últimos anos: explique os conceitos novos e difíceis claramente e por completo. Às vezes ajuda se imaginar explicando suas idéias para uma pessoa real que você conheça e que possua formação apropriada.

Não faça com que os leitores tenham de trabalhar duro!  Isto é extremamente importante. Você sabe para quais poucas perguntas os examinadores necessitam de respostas (veja acima). Escolha títulos de seções adequados e expresse-se de forma a dar-lhes tal informação claramente. Quanto maior o esforço exigido dos examinadores para que entendam o seu problema, sua defesa do problema, sua resposta ao problema, suas conclusões e contribuições, menor será a chance dos mesmos terem uma postura positiva em relação ao seu trabalho, e mais provável que sua monografia necessite de revisões extensas.

Um corolário da discussão acima: é impossível ser excessivamente claro! Explique as coisas com cuidado, resalte as partes importantes por meio de títulos apropriados, etc. Há uma quantidade enorme de informações em sua monografia: assegure-se de dirigir os leitores às respostas das perguntas importantes.

Lembre-se que uma monografia não é uma estória sendo contada: monografias geralmente não acompanham a cronologia daquilo que você tentou. É um documento formal projetado para responder somente algumas poucas perguntas importantes.

Evite usar frases como "Claramente, este é o caso..." ou "Obviamente, se deduz que..."; elas implicam que se os leitores não entendem é porque são muito estúpidos. Eles podem não ter entendido porque a explicação é ruim.

Evite declarações pretensiosas (como “o software é a parte mais importante de um sistema computacional”) que, na realidade, apenas refletem sua opinião pessoal e que não são substanciadas pela literatura ou pela solução que você apresentou. Os examinadores gostam de identificar frases como estas, e fazer perguntas como, “Você pode demonstrar que o software é a parte mais importante de um sistema computacional ?”

Nota sobre Programas de Computador e Outros Protótipos

O propósito da sua monografia é documentar claramente uma contribuição original ao conhecimento. Você pode desenvolver programas de computador, protótipos, e outras ferramentas como forma de provar suas idéias, mas lembre-se, a monografia não é sobre a ferramenta, é sobre a contribuição ao conhecimento. Ferramentas tais como programas de computador são produtos bons e úteis, mas você não pode obter um título de pós-graduação somente pela ferramenta. A ferramenta deve ser usada para demonstrar que você fez uma contribuição original ao conhecimento; por exemplo, através de seu uso, ou pelas idéias que através dela são materializadas.

Dissertações de Mestrado vs Teses de Doutorado

Existem diferentes expectativas em relação a dissertações de mestrado e teses de doutorado. Esta diferença não está no formato, mas no significado e no nível da descoberta como evidenciado pelo problema a ser resolvido e pelo resumo de contribuições; uma tese de doutorado necessariamente requer a resolução de um problema mais difícil e, consequentemente, contribuições mais substanciais.

A contribuição ao conhecimento de uma dissertação de mestrado pode estar em uma melhoria incremental em uma área do conhecimento, ou na aplicação de técnicas conhecidas em uma área nova. O doutorado, por sua vez, deve ser uma contribuição substancial e inovadora ao conhecimento.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

As consequências do plágio

Plágio é uma situação em que o aluno tem a intenção clara de se passar pelo autor de um texto, imagem, fotografia, música, gráfico etc. Veja abaixo os tipos de plágio existentes:

  • Plágio integral – Quando o aluno cita de forma integral um texto que não é de sua autoria.
  • Plágio parcial – Quando o aluno monta um trabalho acadêmico com partes de diversos textos que não são dele. Uma montagem de cópias de vários atores sem os devidos créditos.
  • Plágio conceitual – Quando o aluno apenas reescreve a idéia de um autor, sem dizer claramente que a idéia é de outra pessoa.

Veja abaixo o que o Código Penal Brasileiro, em vigor, prevê para os casos de crime contra a propriedade intelectual em seu Artigo 184:

  • Violar direito autoral: Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, ou multa.

§1º Se a violação consistir em reprodução, por qualquer meio, com intuito de lucro, de obra intelectual, no todo ou em parte, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, (…): Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, (…).

§ 2º Na mesma pena do parágrafo anterior incorre quem vende, expõe à venda, aluga, introduz no País, adquire, oculta, empresta, troca ou tem em depósito, com intuito de lucro, original ou cópia de obra intelectual, (…), produzidos ou reproduzidos com violação de direito autoral.


Para entender melhor sobre plágio em trabalhos acadêmicos, veja esta cartilha elaborada pela UFF – Universidade Federal Fluminense: Clique aqui ou copia e cole o link http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf




[Lívia Brito]


Novidade! Regras sustentáveis ABNT

Em 2011, a NBR 14.724 vem com uma novidade muito interessante. Antes, os trabalhos deveriam ser impressos em papel branco. Com a NBR 14724, o acadêmico tem a opção de imprimir o seu trabalho em papel reciclado.


Além disso, você também pode escrever nos dois lados das folhas (anverso e verso) na parte textual e pós-textual. No entanto, deve-se tomar muito cuidado: Se você escrever somente no anverso das folhas, a margem esquerda deve ser de 3cm, com esta nova regra, você deverá colocar a margem direita dos versos das páginas em 3cm.


Pense nessas novas opções! Temos que preservar nosso planeta!

Apresentação e Defesa da Monografia

Depois de escolher o Orientador e o tema para sua monografia, definir qual será a linha de pesquisa e utilizar os melhores métodos para encontrar conteúdo de qualidade, além de considerar aspectos importantes sobre sua monografia, o aluno precisa finalizar seu trabalho e apresentá-lo, fazer a defesa de seu TCC frente à banca examinadora. Este é, sem dúvidas, um dos momentos mais temidos pelo formandos, mas que pode ser uma tarefa muito simples se ele estiver bem preparado. Confira as dicas!

Neste momento final, o aluno precisa demonstrar todo o seu conhecimento sobre a monografia elaborada durante tantos meses. A banca examinadora que ver um aluno preparado e que saiba responder toda e qualquer questão sobre o seu trabalho, seja sobre a forma como foi escolhido o tema, como funciona a ferramenta utilizada, como se chegou aos resultados finais etc.

Por isso, selecionei algumas dicas muito importantes que você deve considerar antes, durante e após sua apresentação. Confira abaixo as melhores dicas para uma apresentação de TCC bem sucedida. Tome nota e use-as com moderação:

Dicas para a apresentação/defesa da sua monografia

Antes da defesa
  • Escolha um tema que você tenha facilidade em falar sobre, pesquisar, analisar etc., enfim um tema que seja fácil para você defender frente à banca. Estar à vontade neste momento é fundamental.
  • Conheça bem o trabalho elaborado, tome nota de cada ação feita durante a preparação da monografia. Na hora da defesa você precisa estar preparado para explicar qualquer coisa que seja questionada sobre seu TCC. Nunca pague para alguém fazer seu trabalho! Nunca!
  • Inclua em sua apresentação de slides apenas aquilo que é primordial para a explicação do seu trabalho. Você terá um tempo determinado para defender seu trabalho (em geral 20 ou 30 minutos), por isso não poderá se estender demais na apresentação.
  • Prepare um resumo consistente do seu trabalho, pois é em cima dele que você montará sua defesa e apresentação de slides. Estruture seu texto em tópicos, contemplando aquilo de mais importante que poderia ser dito sobre determinada parte. Mas atenção, não leia nada durante sua defesa, utilize este resumo apenas para estudo antes da apresentação.
  • Treine sua apresentação. Muitas pessoas aconselham que você treine em frente a um espelho, eu prefiro que você treine em frente às pessoas mesmo (familiares, amigos, namorada etc.), desta forma você poderá simular melhor a situação de falar para pessoas. Controle sempre o tempo.
  • Durma bem na noite anterior, descanse a mente e esteja preparado. Stress neste momento é algo totalmente dispensável, não acha?
  • Vista-se adequadamente para a ocasião, como se fosse para uma entrevista de emprego ou uma apresentação em uma grande empresa. Valorize o seu momento, transmita credibilidade, tudo que puder contar pontos a seu favor é válido, mas sem exageros, claro.
  • Chegue cedo. É muito importante conhecer o local da sua apresentação, bem como questões sobre arquivo eletrônico funcionando, notebook carregado ou com tomada próxima, iluminação, posição para falar e espaço para se movimentar. Domine todas as variáveis que puder.
Durante a defesa
  • Tenha muita calma, fique tranquilo, concentrado e tudo sairá bem. Quanto maior o seu nível de nervosismo, maior será a chance de seu cérebro te pregar uma peça, por isso mantenha a calma e faça exatamente aquilo que você treinou várias vezes.
  • Olhe nos olhos dos professores da sua banca, demonstre confiança e propriedade ao falar. Os professores costumam cobrar mais daqueles alunos que estão visivelmente despreparados para defender seu trabalho, por isso mostre que está preparado e que tem competência para estar lá.
  • Não fale mais do que você sabe. Muitos alunos acham que falando difícil terão maior nota, ledo engano. Quanto mais você usar o “embromation” pior será pra você. Explique tudo aquilo que você estudou, com propriedade. Deixe o “achismo” em casa.
  • Mantenha um vocabulário adequado, bem como gestos e postura. Mostre que você está seguro para falar, movimente-se quando puder, mas de forma confiante.
  • Nunca peça desculpas por ter esquecido algo ou gaguejado etc. (nervosismo é normal), corrija apenas os erros de conteúdo, de preferência no final da apresentação. Evite interromper sua apresentação por qualquer coisa, isso acaba com sua concentração e linha de raciocínio.
  • Mantenha um ritmo adequado de apresentação, não corra demais, não seja devagar demais, não grite e não atropele os tópicos. Com base no seu treinamento, sinta o momento e adeque seu ritmo de apresentação para que todos possam acompanhar seu raciocínio e entender o seu TCC.
Depois da defesa
  • Agradeça a atenção de todos. Mostre o quanto foi importante para você realizar esta pesquisa. Valorizar o seu trabalho e a sua experiência com ele é importante para demonstrar que você não estava brincando quando fez sua monografia.
  • Mostre que você está aberto e disponível para tirar qualquer dúvida sobre seu trabalho.
  • Não compre briga com a sua banca. Se os professores criticarem seu trabalho, seja humilde e reconheça o erro, ou discuta amigavelmente sobre sua perspectiva e também a de seu orientador.
  • Em algumas situações, a banca pede que o aluno leve o trabalho para casa e refaça algumas partes do trabalho. Sim, isso deixa qualquer aluno indignado. Mas não demonstre insatisfação perante a banca, seja humilde mais uma vez e tome isto como uma lição para seu aprendizado e não uma afronta pessoal.

[Gustavo Periard]

Dicas para Monografia e TCC – Aspectos importantes a considerar

Depois de escolher o orientador e o tema para sua monografia, definir a linha de pesquisa a ser seguida e utilizar os melhores métodos para encontrar conteúdo de qualidade para seu TCC, é importante que o aluno considere alguns pontos à cerca da formulação do seu trabalho.

Um trabalho não pode apenas ter um bom tema, ele precisa ter um desenvolvimento conciso, coerente e objetivo, sem enrolação. O aluno precisa criar um planejamento eficiente para suas ações e atentar-se para detalhes que fazem toda a diferença na hora de avaliar um trabalho de monografia apresentado. Veja abaixo algumas dicas importantes para fazer um TCC que chame a atenção da banca pela qualidade do desenvolvimento do tema e da pesquisa, confira:

Trace um bom planejamento

A monografia precisa ter um planejamento muito bem detalhado para acontecer de forma satisfatória. Por isso, antes de começá-la tenha em mente (e se possível anotado) tudo o que você precisará fazer para concretizar sua monografia: pesquisa, entrevista, visita de campo, análise de gráficos e relatórios, aplicação de questionários etc. Trace um bom plano de ação para não perder tempo depois. Agilize tudo o que for possível, não deixe nada para amanhã e relate tudo que for feito para possíveis consultas futuras.

Tome decisões antecipadamente

Este tópico poderia perfeitamente estar incluso no anterior, mas preferi dar um destaque maior a ele. Vejo muita gente que não dá a devida importância para a monografia, deixando tudo para depois, geralmente os períodos finais da faculdade. Isto é um erro gravíssimo! O aluno precisa definir diversas questões antes de começar o seu trabalho efetivamente, como: tema, orientador, linha de pesquisa, abordagem, método de pesquisa, cronograma, criação da apresentação, preparação para defesa etc. São muitas as variáveis incluídas no processo de criação de uma monografia, por isso antecipe suas ações e saia na frente. Você, com certeza, colherá bons frutos no decorrer da jornada.

Pule a introdução

Uma coisa que se deve ter em mente é que a introdução é uma das últimas, se não a última, parte do trabalho que deve ser desenvolvida, juntamente com o resumo em português e inglês. Muitas pessoas começam sua monografia pela introdução e como, obviamente, não se tem muito do que falar acabam por criar um bloqueio criativo fatal para a pesquisa. Por isso, deixe a introdução e o resumo do seu trabalho para o final, assim você terá todo o TCC pronto em mãos para poder criar um bom começo para ele posteriormente.

Referencial teórico

Toda monografia é embasada em seu referencial teórico, e toda banca examinadora “ataca” este ponto como principal para dizer se o seu trabalho de conclusão de curso é bom ou ruim. Por isso, capriche na bibliografia do seu trabalho, não só em termos de títulos pesquisados, mas também na organização e disposição destas informações no seu trabalho. Organize as fontes de pesquisa em ordem alfabética, respeitando as normas ABNT e separando o conteúdo online do físico. Além de ajudá-lo na elaboração da pesquisa, ter uma referência bibliográfica pode lhe render uns pontos a mais na avaliação do seu trabalho.

Leia outras monografias

Aprenda com aqueles que já trilharam este caminho. Procure sempre ler outras monografias sobre o tema que você escolheu, de preferência aquelas que foram muito bem sucedidas. Trabalhos prontos são uma ótima fonte de informações sobre o tema em si e também sobre formatação utilizada no trabalho escrito. Se possível, converse com o autor da monografia para troca de informações sobre possíveis outros caminhos para sua pesquisa.

Não pague pelo trabalho

Nunca, em hipótese alguma, compre sua monografia ou pague alguém para desenvolver partes ou todo o seu trabalho. Primeiro porque se você for pego poderá ter sérios problemas na reta final de sua vida acadêmica. Segundo porque você não terá passado por uma das experiências mais importantes da graduação, a pesquisa e elaboração de uma monografia. Por mais chata e complicada que esta etapa possa parecer, ela é muito importante para sua formação como profissional, por isso deixe a preguiça de lado e capriche no seu trabalho. Seu TCC pode abrir muitas portas pra você no futuro, não caia no erro de eliminar esta etapa de sua vida.

Escreva para todos

Não caia no erro de escrever um trabalho recheado de termos técnicos que só os profissionais da sua área entendem. Muitas pessoas poderão utilizar seu trabalho para pesquisas futuras, por isso, ter uma linguagem clara e de fácil entendimento por qualquer pessoa é fundamental. Além, claro, de tornar o seu trabalho muito mais fácil e objetivo de se escrever e ler. Lembre-se que toda e qualquer facilidade que você possa proporcionar é muito bem vinda, não peque por enfeitar demais um trabalho que pode ser simples de ser feito.

Apaixone-se pela sua monografia

Piegas? Com certeza. Exagero? Jamais. O aluno vai passar horas e horas da sua vida em volta de sua monografia, preparando tudo aquilo que entregará ao final, contando receber uma ótima nota e concluir com chave de ouro a sua graduação, certo? Então por que não se apaixonar pelo que está fazendo e fazer com prazer? Sentar para escrever com má vontade é a pior coisa que existe, nada sai direito, as pesquisas ficam pela metade, o texto pobre e a qualidade do trabalho despenca. Por isso, tenha prazer em desenvolver uma pesquisa de qualidade que levará o seu nome na capa, prime por fazer um trabalho respeitável e que te garanta reconhecimento. A banca examinadora percebe quando um trabalho foi feito com vontade, com boas pesquisas etc. Por isso, faça com prazer e dedicação e tudo o mais sairá com perfeição.



[Gustavo Periard]


Como pesquisar conteúdo de qualidade para sua monografia?

Depois de definir qual será o tema de sua monografia e quem será o orientador que irá acompanhá-lo durante a jornada acadêmica, é chegada a hora de pesquisar conteúdos relevantes e de qualidade para o seu trabalho. Uma tarefa igualmente complicada e bem mais trabalhosa, mas que se bem feita poderá adiantar e muito a sua vida. Mas pra isso é preciso dedicação, compromisso e muita paciência.

Acompanhe abaixo algumas dicas importantes que tornarão a sua pesquisa muito mais eficiente e confiável, fazendo com que você ganhe tempo e ainda cause uma ótima impressão na banca examinadora. Mas lembre-se sempre de tomar muito cuidado com o plágio em suas pesquisas, hein? É crime e pode prejudicar muito a sua vida acadêmica.

Vamos às dicas de hoje, tome nota:

Anote tudo o que for útil

E quando eu digo tudo, é TUDO mesmo! Se você quer poupar tempo na hora de realizar as pesquisas do seu TCC, é importantíssimo que tudo o que for lido seja anotado. Principalmente aquelas coisas que você lê rapidamente, tira umas idéias e depois não sabe onde leu para poder referenciar. Mantenha sempre ao lado do computador um bloco de notas onde você poderá anotar o site pesquisado, o autor do texto, a data e a hora em que você pesquisou. Caso esteja usando um editor de texto, anote também o link completo para o post, assim você não corre o risco de se perder em meio às milhares de pesquisas que fará.

Mantenha-se antenado ao que acontece no mundo

Para manter uma pesquisa consistente durante seu trabalho é preciso que o aluno esteja antenado a tudo o que acontece no mundo com relação ao tema escolhido. Se você fala sobre política, administração, direito, contabilidade, esportes, saúde etc., é sua obrigação acompanhar os jornais para saber as últimas notícias sobre o tema tratado e, claro, para saber se não está usando informações atrasadas ou desatualizadas em sua monografia.

Alguns temas sofrem mudanças constantes com relação à legislação, por isso é importante que se conheça bem as modificações que estão sendo feitas atualmente.

Compre livros

Isso mesmo, compre livros! “Ah, mas eu uso a internet…” Que ótimo, mas sua pesquisa não pode e nem deve ser pautada apenas em textos extraídos da web. Primeiro porque a banca examinadora logo olhará com desconfiança para o seu trabalho, segundo porque é um tanto quanto difícil sustentar um trabalho volumoso apenas com artigos da internet. Por isso, tenha sempre à mão livros que sejam referência no tema escolhido, com autores renomados e discussões embasadas.

“Ah, mas eu não tenho grana pra comprar muito livros”. Que tal deixar o desculpismo de lado? Quando fiz minha monografia, não encontrei quase nada sobre o tema na internet, por isso precisei recorrer aos livros. Todos caros, claro. Qual a saída que encontrei? Sebos! Acredite, os bons e velhos sebos ainda vão salvar seus trabalhos acadêmicos.

A dica que deixo pra você é o excelente site Estante Virtual (um sebo na internet), que possui um ótimo acervos de livros (a grande maioria em bom estado) com preços excelentes, é só procurar direitinho. ;)

Use a internet a seu favor

Dizer que um bom trabalho é escrito apenas com livros é quase um crime no dias de hoje, uma vez que encontramos ótimos sites e blogs na internet com conteúdo de qualidade e muito úteis. Mas é preciso tomar muito cuidado para não se deixar levar pelo primeiro resultado que aparece nas buscas. Tenha senso crítico, pesquise, avalie, compare com a teoria dos livros e escolha os melhores textos para seu trabalho. A internet é uma fonte de pesquisas e não de textos prontos e conteúdo 100% confiável.

Por isso, recomendo fortemente que você alterne suas pesquisas entre bons livros e sites confiáveis na internet. Esta é uma forma de enriquecer o seu trabalho e ainda garantir a variedade de fontes de pesquisa.

Converse com profissionais da área

Uma das melhores maneiras de coletar informações relevantes para o seu trabalho é mantendo contato com grandes profissionais da área pesquisada, como gestores, médicos, engenheiros, atletas, especialistas, etc. Estes profissionais, geralmente, possuem parte do conhecimento que está nos livros somado aos anos de experiência lidando com os assuntos de sua pesquisa no dia-a-dia, por isso são muito importantes para que seu trabalho tenha um diferencial a mais.

Sempre que possível, entre em contato com estas pessoas, marque uma entrevista ou bate-papo informal para ouvir mais sobre o tema de seu TCC, converse sobre as mudanças ocorridas ao longo dos anos, o cenário atual, as coisas que podem ser utilizadas em seu trabalho, melhores formas de pesquisa etc. Leve um caderno de anotações, gravador ou um notebook e tome nota de toda a conversa, você verá que vale muito a pena ouvir quem realmente entende do assunto.

Faça pesquisas de campo

Muitos temas de monografia exigem que o aluno esteja em contato direto com pessoas da área para que a coleta de informações possa ser precisa e confiável. Por isso, é extremamente importante que você mantenha contato com eles, seja através de visitas em empresas, ou aplicação de questionários presenciais ou online, ou através de análises mais detalhadas de números e gráficos, entrevistas etc. E para isso, é necessário que você ponha a mão na massa, frequentando lugares importantes para a pesquisa, como empresas, escritórios de advocacia, consultórios médicos, praças, shoppings etc.

Acredito que as dicas de hoje são muito importantes para que o seu trabalho possa ser considerado de qualidade e bem elaborado, atraindo a atenção dos professores da banca examinadora e te dando a possibilidade de tirar uma nota alta na apresentação e defesa do trabalho. Por isso, leve estas dicas a sério e dedique-se ao seu trabalho de conclusão de curso.


[Gustavo Periard]

Como escolher o tema da Monografia ou TCC?

Sem dúvida alguma, o momento mais tenso na elaboração de uma monografia é a escolha do tema por parte do aluno. Há sempre muitas opções a serem escolhidas, muitos caminhos a seguir e poucas certezas. Por isto, neste momento é importante parar e pensar no que realmente você gosta de escrever. Parece clichê, mas é a mais pura verdade: você só terá prazer em desenvolver o seu trabalho, durante um ano ou mais, se escrever sobre aquilo que gosta e domina.

Na escolha do tema do seu TCC, é muito importante unir o útil ao agradável, ou seja, escrever sobre algo relativo à sua formação e que, ao mesmo tempo, seja um tema que lhe seja agradável e desperte o interesse em pesquisar, investigar e saber mais sobre ele. Mas é preciso ficar atento a algumas questões durante o processo de escolha do tema, para não se perder no futuro. Veja:

  • Existe bibliografia suficiente para embasar suas pesquisas?;
  • Você possui experiência profissional para falar sobre o tema? Se não, você conhece bastante sobre o tema?;
  • Seu orientador será capaz de ajudá-lo nestas pesquisas? Qual a disponibilidade dele?
  • Você conseguirá chegar até o fim da pesquisa? Está pronto para desenvolver o tema sem ter que voltar atrás e mudar tudo que já foi feito?;
  • Você estará preparado para defender o seu trabalho frente à banca examinadora?

Estes são apenas alguns aspectos importantes que devem ser observados antes de escolher o tema de sua monografia. Abaixo deixo algumas outras dicas importantes, tome nota:

Vá com calma, não escreva sobre tudo

“Não tente abraçar o mundo com as pernas”. Muitos alunos e professores, no ímpeto de criar um trabalho grandioso, acabam por querer escrever sobre todos os aspectos de um tema, gerando assim um trabalho gigantesco, cheio de variáveis analisadas, questionários, gráficos etc. Isto é um grande erro! Faça somente aquilo que você pode dar conta, dentro do tempo estipulado para a pesquisa, senão certamente você se perderá no meio da execução da monografia.

Não estamos aqui sugerindo que você faça um trabalho pobre, mas sim um trabalho bem elaborado, com calma, com atenção e muita dedicação, dentro das suas possibilidades.

Evite polêmicas

Outra dica importante é: procure evitar temas muito polêmicos, que gerem muita discussão ou que “ofendam”, de certa forma, alguma pessoa ou classe. A menos que você tenha total domínio do tema e esteja preparado para algumas horas de debate com sua banca. O que eu não recomendaria nunca.

Faça uma lista dos possíveis temas de sua monografia

Por isso, escolha bem o seu orientador, faça uma lista dos temas que mais gosta de escrever, ou aqueles que tem alguma afinidade. A organização nesta etapa é fundamental para que o restante do trabalho saia exatamente como planejado. Depois de criada a lista, sente com o professor e discuta sobre os temas indicados, encontre a melhor opção e comece já o seu trabalho.

Não adie o começo do seu trabalho

Não deixe nada para última hora, muito menos o começo do seu trabalho. Mesmo não estando no ano da conclusão do curso, comece a decidir coisas sobre seu TCC: vá juntando a bibliografia que será utilizada, troque informações com pessoas da área, use a internet a seu favor nas buscas, deixe a preguiça de lado e vá a uma boa biblioteca etc. São muitas as medidas que você pode tomar para adiantar as coisas, não espere seus amigos começarem para você acordar para a vida. Se eles não se importam com prazos, importe você.



[Gustavo Periard]

Como escolher o orientador certo para o seu trabalho monográfico?

Antes de falar sobre a escolha do tema do seu trabalho de conclusão de curso, tenho que lembrá-los que é preciso escolher qual será o professor que o acompanhará nesta jornada. Não sei como funciona em sua universidade, mas na minha era assim: o aluno escolhia o professor para ser seu orientador, ele aceitava ou não e depois começava a discussão sobre os possíveis temas e abordagens a serem utilizados.

Porém, é preciso ter cuidado com as sugestões apresentadas pelos professores para o tema de sua monografia, uma vez que alguns deles desejam que os alunos pesquisem algo que eles tem em mente e não o que o aluno precisa, sobrecarregando-os com informações que nem sempre são aquilo que eles desejaram pesquisar no início do trabalho. Por isso, preze sempre por aquilo que você quer escrever, sugira o tema ao professor e tente convencê-lo de que sua idéia é mais apropriada para o trabalho.

DICA: Escolha um professor que você tenha bom relacionamento, mas principalmente, que seja capaz de auxiliá-lo da melhor forma possível. Acredite, ter um professor ao seu lado que não lhe dá a devida atenção é a pior coisa que existe. Por isso, não se deixe levar apenas pela amizade que você tem com ele, pese também a qualidade do acompanhamento que ele pode lhe oferecer.

Monografia: Como escolher o tema

O tema do trabalho não precisa necessariamente ser original. É bastante que o enfoque, a atitude do pesquisador o seja. Costuma-se dizer que uma dissertação de mestrado ou monografia de pós-graduação pode-se reduzir a comentar um tema qualquer, ficando a exigência de originalidade adstrita à tese de doutorado. Isto não procede. Evidentemente a originalidade científica é uma virtude e deve ser buscada, qualquer que seja a dimensão ou a pretensão do texto a ser produzido. Assim, uma monografia será tanto melhor quanto mais pareça uma dissertação de mestrado e uma dissertação de mestrado será tanto melhor quanto mais pareça uma tese de doutorado. A avaliação piora na direção inversa.

A abrangência do tema é uma questão delicada quando se trata de defini-lo. Os autores de obras jurídicas parecem tender a uma ampliação exagerada de seus temas, fato que, embora possa atrair estudantes incautos, preocupados com o sucesso em provas, não se prestam ao trabalho científico. Não faz sentido que um jovem mestrando se dedique a escrever uma dissertação como “Hermenêutica Jurídica” ou “Fundamentos do Direito Penal” ou “O Estado Moderno”. Temas muito amplos perdem em precisão e acuidade e demandam muita experiência por parte de seu autor2.

Estratégias para reduzir um tema jurídico são basicamente por assunto (“A dispensa abusiva no contrato de trabalho”), por autor (“O conceito de legitimidade em Hannah Arendt”), por circunscrição temporal (“Evolução do concubinato na segunda metade do século XX”), por circunscrição espacial (“Ações de despejo na Comarca de Escada”), por referência expressa a aspecto específico do direito positivo (“O princípio da nacionalidade na Lei de Introdução ao Código Civil de 1916”) etc., além desses critérios combinados.

O que é bom para as editoras, posteriormente, se o trabalho vier a ser publicado com objetivos de mercado, nem sempre é de bom tom científico. Editores tendem a querer uniformizar os títulos, buscando atingir maior público, muitas vezes com o nome da disciplina a que se podem dirigir os livros (“Filosofia do Direito” ao invés de “Ontologia do Dever Ser no Neokantismo Tardio”). Ao escrever para seus pares e examinadores, porém, a norma deve ser invertida.

Outra regra é nunca separar “teoria” de “praxis”, pensar conceitualmente e realidade empírica só têm sentido um com o outro. Interessante observar que, nada obstante o direito constituir matéria eminentemente prática, os juristas pouco mencionam a “prática” do direito quando escrevem seus trabalhos “teóricos”, eles dificilmente referem-se a seus “trabalhos de campo”, a suas experiências práticas enquanto operadores jurídicos, para confirmar empiricamente suas teses, o que, em outras áreas, constitui metodologia unânime dos pesquisadores.



[1] Extraído do artigo “Bases para uma metodologia da pesquisa em Direito”, publicado na seção Doutrina do SaraivaJur.

[2] Franz Wieacker, já autor consagrado, escreveu a História do Direito Privado Moderno mas teve o cuidado de colocar como subtítulo: Com especial atenção ao desenvolvimento alemão. V. Privatrechtsgeschichte der Neuzeit – unter besonderer Berücksichtigung der deutschen Entwicklung. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1967.

Escrito por João Maurício Adeodato, Mestre e Doutor pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Pernambuco.

domingo, 9 de outubro de 2011

Introdução

A introdução é uma parte importante de um trabalho, seja ele de faculdade ou mesmo um livro.

É na introdução que você vai direcionar o leitor para o que vem depois, despertar sua curiosidade, mas sem ir fundo no assunto, sem os detalhes e sem a conclusão final.

Por esta razão a introdução é tão importante, porque se ela não for boa, não despertará a curiosidade e interesse de quem está lendo.

A introdução deve ser breve e objetiva, deve referir de uma forma resumida a natureza do trabalho, a sua importância e como foi elaborado, ou seja, objetivos, métodos e procedimentos seguidos.

Na introdução é preciso contextualizar o tema abordado e apresentar a tese de maneira clara, sem rodeios e de uma forma simples e rápida de ser entendida.

A introdução tem objetivo de conduzir o leitor para dentro do texto e apresentar as idéias principais.

Já se pegou comprando um livro que você queria muito e muita gente falou tanto a respeito dele e na introdução você já se desinteressou?

Pois é neste caso o autor não conseguiu chamar a sua atenção sobre o conteúdo do livro.

 

Uma má introdução pode destruir o seu trabalho inteiro!

Recomendamos que vocês fujam das expressões desgastadas como ”hoje em dia”, ”atualmente” e ”desde os primórdios da humanidade”.

Você deverá apresentar de forma resumida o que vai ser tratado (o tema) e de como irá ser feito.

Simplesmente isso, de forma clara sem usar subterfúgios e palavras difíceis desnecessárias.

Não esqueçam então de que é a introdução que chamará a atenção de quem estiver lendo para o conteúdo interno.

Agora mãos a obra, temos certeza que depois que vocês leram este artigo nunca mais se esquecerão de quanto uma introdução bem feita enriquece um trabalho ou faz o leitor perder o seu interesse!

Introdução, Desenvolvimento e Conclusão

 

Uma redação é um texto formado de uma passagem escrita, de um todo independente, em torno de uma idéia, de um sentido. Essa organização obedece a certos princípios, de modo que se crie um todo significativo, cumprindo um objetivo e uma determinada situação. Em um texto coerente todas as partes se encaixam, na verdade se completam, não pode haver partes que destoem ou contradigam as demais partes do texto. As conexões entre as partes internas da redação também devem ser estudadas é o que se chama de coesão textual, esta diretamente ligada às conexões gramaticais. De acordo com a finalidade gera os gêneros de texto, logo o tipo de redação.

É importante ao escrever provocar uma reação em quem lê. Escrever sem dúvida é uma arte. Esta arte pode ser gradativamente evoluída em cada ser humano com o bom hábito da leitura. Ler várias linhas de pensamento, jornais, revistas, grandes obras de literatura, tudo pode contribuir para a ampliação do ponto de vista e formação de idéias.

Existentes três tipos de redação: narração, descrição e dissertação. Cada tipo de redação possui característica própria e construção diferenciada.

Narração é contar, relatar uma história sem se preocupar em ser real ou imaginário. Caracteriza-se por uma progressiva de ações; apresenta elementos como personagens, narrador, fato, tempo, espaço. O foco narrativo é parte importante já que centra no ponto de vista do narrador da história. O mesmo pode estar em 1ª pessoa (eu), 3ª pessoa (ele) e narrador-onisciente.

Descrição é descrever objeto, pessoa, coisa ou lugares a que o texto se refere. Caracteriza-se por ter verbos de estado, metáforas e comparações, muitos adjetivos, uso de advérbios de lugar/tempo/modo.

Dissertação é analisar, explicar, refletir, conceituar, avaliar, expor idéias. Quando se quer defender um ponto de vista, uma opinião, uma tese, uma argumentação bem estruturada para se chegar a uma conclusão. Não se passa a dissertação no mundo extenso, mas no foro íntimo do sujeito, a dissertação interpreta a realidade. Uma boa e estruturada redação dissertativa deve englobar uma introdução (também chamado de início) chamativa; um desenvolvimento (chamado de meio) explicativo, argumentativo e informação consistente em idéias criativas; uma conclusão (chamado de fim) calcada nas idéias que transpassa todo o texto, como um fechamento claro e preciso, sem dúvidas e nem desmentindo o demais corpo do texto.

 

INTRODUÇÃO

É o início do texto, contendo o tema a ser desenvolvido, exposto com muita clareza. Envolve o problema a ser analisado. Geralmente pode ser exposto em apenas um parágrafo.

Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar ou ficar cansativa para o leitor. Se a redação tiver trinta linhas, aconselha-se a que o escritor use de quatro a seis para a parte introdutória.

DEVE-SE EVITAR EM UMA INTRODUÇÃO

- Iniciar uma idéia geral que não transpassa por todo o texto (o uso de idéias totalmente diferentes);
- Usar chavões;
- Iniciar a introdução com as mesmas palavras do título;
- Frequente fazer desvios do assunto principal;
- Escrever período longo;
- Escrever de forma pessoal, ou seja, usar a 1ª pessoa.

 

DESENVOLVIMENTO

É o corpo do texto, onde se organiza o pensamento. Compõem os argumentos que no caso é o posicionamento adotado. Os argumentos podem se classificar em: argumento de autoridade, argumento por ilustração, argumento do pensamento lógico, argumentação de prova concreta e argumentação de competência linguística.

Argumento por autoridade é a citação de frase ou pensamento de autor do tema em questão. Pode ser uma “faca de dois gumes”, de forma positiva fazendo uma intertextualidade ou negativa se for inadequado ao tema proposto. Argumento por ilustração é o uso de exemplos relativos à realidade. Argumento do pensamento lógico é uma idéia que parte do geral para o particular ou ao contrário do particular para o geral. Argumento de prova concreta é uma prova concreta seja de lei, dados estatísticos, fatos do conhecimento geral, como o reforço da idéia defendida. Argumento da competência linguística é o uso da incorreção gramatical que gera problemas na coerência do texto.

Em uma redação de trinta linhas, a redação deverá destinar de catorze (14) a dezoito (18) linhas para o corpo ou desenvolvimento da mesma.

DEVE-SE EVITAR EM UM DESENVOLVIMENTO


- Repetições;
- Escrever pormenorizando;
- Exemplos extremamente excessivos;
- Usar de exemplos fracos e fora do contexto.

 

CONCLUSÃO

É a síntese do problema tratado no decorrer do texto, fechamento da redação. Se a redação está planejada para trinta linhas, a parte da conclusão deve ter quatro a seis linhas.

Na conclusão, as idéias tratadas no texto propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.

DEVE-SE EVITAR EM UMA CONCLUSÃO


- O principal defeito não conseguir finalizar;
- Evitar as expressões “em resumo”, “concluindo”, “terminando”.

Como elaborar uma Resenha

 

1. Definições

Resenha-resumo:
     É um texto que se limita a resumir o conteúdo de um livro, de um capítulo, de um filme, de uma peça de teatro ou de um espetáculo, sem qualquer crítica ou julgamento de valor. Trata-se de um texto informativo, pois o objetivo principal é informar o leitor.
Resenha-crítica:
     É um texto que, além de resumir o objeto, faz uma avaliação sobre ele, uma crítica, apontando os aspectos positivos e negativos. Trata-se, portanto, de um texto de informação e de opinião, também denominado de recensão crítica.

2. Quem é o resenhista

     A resenha, por ser em geral um resumo crítico, exige que o resenhista seja alguém com conhecimentos na área, uma vez que avalia a obra, julgando-a criticamente.

3. Objetivo da resenha

     O objetivo da resenha é divulgar objetos de consumo cultural - livros,filmes peças de teatro, etc. Por isso a resenha é um texto de caráter efêmero, pois "envelhece" rapidamente, muito mais que outros textos de natureza opinativa.

4. Veiculação da resenha

     A resenha é, em geral, veiculada por jornais e revistas.

5. Extensão da resenha

     A extensão do texto-resenha depende do espaço que o veículo reserva para esse tipo de texto. Observe-se que, em geral, não se trata de um texto longo, "um resumão" como normalmente feito nos cursos superiores ... Para melhor compreender este item, basta ler resenhas veiculadas por boas revistas.

6. O que deve constar numa resenha

Devem constar:

  • O título
  • A referência bibliográfica da obra
  • Alguns dados bibliográficos do autor da obra resenhada
  • O resumo, ou síntese do conteúdo
  • A avaliação crítica

7. O título da resenha

     O texto-resenha, como todo texto, tem título, e pode ter subtítulo, conforme os exemplos, a seguir:

    Título da resenha: Astro e vilão
    Subtítulo: Perfil com toda a loucura de Michael Jackson
    Livro: Michael Jackson: uma Bibliografia não Autorizada (Christopher Andersen) - Veja, 4 de outubro, 1995
    Título da resenha: Com os olhos abertos
    Livro: Ensaio sobre a Cegueira (José Saramago) - Veja, 25 de outubro, 1995
    Título da resenha: Estadista de mitra
    Livro: João Paulo II - Bibliografia (Tad Szulc) - Veja, 13 de março, 1996

8. A referência bibliográfica do objeto resenhado

     Constam da referência bibliográfica:

  • Nome do autor
  • Título da obra
  • Nome da editora
  • Data da publicação
  • Lugar da publicação
  • Número de páginas
  • Preço
Obs.: Às vezes não consta o lugar da publicação, o número de páginas e/ou o preço.
Os dados da referência bibliográfica podem constar destacados do texto, num "box" ou caixa.
Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, o novo livro do escritor português José Saramago (Companhia das Letras; 310 páginas; 20 reais), é um romance metafórico (...) (Veja, 25 de outubro, 1995).

9. O resumo do objeto resenhado

     O resumo que consta numa resenha apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano geral.
     Pode-se resumir agrupando num ou vários blocos os fatos ou idéias do objeto resenhado.
     Veja exemplo do resumo feito de "Língua e liberdade: uma nova concepção da língua materna e seu ensino" (Celso Luft), na resenha intitulada "Um gramático contra a gramática", escrita por Gilberto Scarton.

 

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Pode-se também resumir de acordo com a ordem dos fatos, das partes e dos capítulos.
     Veja o exemplo da resenha "Receitas para manter o coração em forma" (Zero Hora, 26 de agosto, 1996), sobre o livro "Cozinha do Coração Saudável", produzido pela LDA Editora, com o apoio da Beal.

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10. Como se inicia uma resenha

     Pode-se começar uma resenha citando-se imediatamente a obra a ser resenhada. Veja os exemplos:

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Outra maneira bastante freqüente de iniciar uma resenha é escrever um ou dois parágrafos relacionados com o conteúdo da obra.
     Observe o exemplo da resenha sobre o livro "História dos Jovens" (Giovanni Levi e Jean-Claude Schmitt), escrita por Hilário Franco Júnior (Folha de São Paulo, 12 de julho, 1996).

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Observe igualmente o exemplo a seguir - resenha sobre o livro "Cozinha do Coração Saudável", LDA Editores, 144 páginas (Zero Hora, 23 de agosto, 1996).

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Há, evidentemente, numerosas outras maneiras de se iniciar um texto-resenha. A leitura (inteligente) desse tipo de texto poderá aumentar o leque de opções para iniciar uma recensão crítica de maneira criativa e cativante, que leva o leitor a interessar-se pela leitura.

11. A crítica

     A resenha crítica não deve ser vista ou elaborada mediante um resumo a que se acrescenta, ao final, uma avaliação ou crítica. A postura crítica deve estr presente desde a primeira linha, resultando num texto em que o resumo e a voz crítica do resenhista se interpenetram.
     O tom da crítica poderá ser moderado, respeitoso, agressivo, etc.
     Deve ser lembrado que os resenhistas - como os críticos em geral - também se tornam objetos de críticas por parte dos "criticados" (diretores de cinema, escritores, etc.), que revidam os ataques qualificando os "detratores da obra" de "ignorantes" (não compreenderam a obra) e de "impulsionados pela má-fé".

12. Exemplos de resenhas

     Publicam-se a seguir duas resenhas que podem ilustrar melhor as considerações feitas ao longo desta apresentação.

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SCARTON, Gilberto. Gua de produção textual: assim é que se escreve. Porto Alegre: PUCRS, FALE/GWEB/PROGRAD,
[2002]. Disponível em: < http://www.pucrs.br/gpt >. Acesso em: 09 out. 2011
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