Sou formada em Publicidade e Propaganda; Letras Inglês e Português; fiz Pós-graduação em Planejamento Educacional e Docência do Nível Superior; e Mestrado em Educação.

sábado, 2 de julho de 2011

Concordância Verbal

Aprenda a concordar o verbo com o sujeito

DÍLSON CATARINOespecial para o Fovest OnlineA concordância verbal é um dos aspectos gramaticais mais temidos pelos estudantes. A única maneira de usar o verbo convenientemente, em relação à concordância, é raciocinar, encontrar o sujeito a que o verbo se refere, a fim de deixar este no mesmo número e pessoa que aquele. Hoje estudaremos apenas alguns casos especiais.

Concordância verbal consiste no estudo do verbo quanto à maneira como ele deverá surgir na frase (singular ou plural), dependendo de qual elemento seja o sujeito da oração, ou até dependendo da própria existência do sujeito. Se o sujeito for um substantivo singular, o mesmo ocorrerá com o verbo; se for um termo no plural, o verbo também o será. Por exemplo: "O prédio ruiu"; "Os bombeiros chegaram". Para se encontrar o sujeito, pergunta-se ao verbo "Que(m) é que...?".


Verbo SER: Decerto, se apresentarem a frase "O vestibular são as esperanças dos estudantes" a maioria dirá que há inadequação, pois "O vestibular são..." parece estar errado, não é mesmo?

Mas está certo, pois o verbo ser, quando tiver como sujeito e como predicativo do sujeito elementos numericamente diferentes (um no singular, outro no plural), deverá concordar com o plural, não importando a sequência em que os elementos se encontrem na oração.

Ex.:"O mundo dela são as suas bonecas"; "Nem tudo são alegrias na vida".

Essa concordância só não ocorrerá, se o sujeito for um nome próprio ou indicar pessoa; nesse caso, o verbo ser concordará com a pessoa.

Ex.:"O homem é cinzas"; "Mariella é as alegrias da família".

Outro caso especial do verbo ser ocorre em frases que indicam quantidade: Qual é o certo? "Trezentos gramas de carne é (ou são) o suficiente para esse prato"? A resposta é "Trezentos gramas de carne é o suficiente", porque o verbo ser ficará no singular, quando o predicativo for uma expressão como "muito, pouco, o bastante, o suficiente, uma fortuna, uma miséria, demais...".

Ex.:"Duzentos mil reais é muito para essa casa"; "Quatro voluntários é o bastante para realizar o serviço".

O verbo ser também pode ser impessoal, ou seja, pode apresentar-se sem sujeito. Isso ocorrerá quando indicar horas, datas ou distâncias.Ao indicar horas ou distâncias, o verbo ser concordará com o numeral a que se refere; ao indicar datas, tanto poderá ficar no singular, quanto no plural, com exceção do primeiro dia do mês; nesse caso, ser ficará no singular.

Ex.:"É uma hora"; São duas horas"; "É um quilômetro daqui até lá"; "São dois quilômetros daqui até lá"; "É vinte e nove de agosto"; "São vinte e nove de agosto".

Que você diria da frase"Bateram dez horas o relógio da matriz"? Certa ou errada? Errada!

Os verbos DAR, BATER e SOAR concordam com o sujeito (relógio, torre, campanário, sino), a não ser que esses elementos estejam com a preposição em; nesse caso, não funcionarão como sujeito, e os verbos passarão a concordar com o numeral.

Ex.:"Bateram dez horas no relógio da matriz"; "Bateu dez horas o relógio da matriz"; "Soaram quatro horas no sino"; "Soou quatro horas o sino".

"Viva os jogadores!" Quem nunca gritou frase desse tipo algum dia? Quem nunca cometeu esse erro? Erro, porque o verbo VIVER, nas orações optativas, deve concordar com o sujeito, que sempre estará posposto ao verbo.

Ex.: "Vivamos nós!"; "Vivam os artistas!".Vivam as borboletas que parece bailarem quando voam! Quê?! "parece bailarem"? Exatamente.Tanto se pode dizer "parece bailarem" quanto "parecem bailar".

Quando o verbo PARECER estiver seguido de outro verbo no infinitivo e o sujeito for um elemento no plural, ou flexiona-se o verbo parecer, ou o infinitivo.

Ex.: "As borboletas parecem bailar"
(sujeito) (locução verbal)

Já em "As borboletas parece bailarem" o sujeito de "parece" é "as borboletas bailarem", denominado de oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo, e o verbo parecer é intransitivo.

Essa última construção é equivalente a"Parece que as borboletas bailam", retirando-se a conjunção "que" e colocando-se o verbo no infinitivo.

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