Sou formada em Publicidade e Propaganda; Letras Inglês e Português; fiz Pós-graduação em Planejamento Educacional e Docência do Nível Superior; e Mestrado em Educação.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Anexos e Apêndices

Muitas pessoas não sabem a diferença entre anexo e apêndice. Vejamos agora o que significa cada um deles!

Designam-se como ANEXOS todos os textos, gráficos e documentos NÃO ELABORADOS PELO AUTOR DA MONOGRAFIA, que servem de apoio, ilustração ou suplemento do trabalho monográfico, os quais, por serem acessórios, não são inseridos no corpo principal, mas após este.

Os anexos também são numerados na sequência normal do texto. A disposição no texto fica fica da seguinte forma:

ANEXO A, ANEXO B, ANEXO C, etc.; em negrito, caixa alta e centralizado na página.

A inserção, como anexo, de leis e de julgados só é recomendável quando forem de difícil acesso (por exemplo: leis revogadas, direito estrangeiro ou julgados em maior repercussão). Não se justifica a inserção de anexos para a transcrição de leis federais vigentes ou enunciados de súmulas de tribunais superiores, por exemplo.

Os APÊNDICES têm a mesma função e seguem a mesma formatação dos anexos. A diferença é que os apêndices SÃO DOCUMENTOS ELABORADOS PELO AUTOR DA MONOGRAFIA.

A disposição no texto fica fica da seguinte forma:

APÊNDICE A, APÊNDICE B, APÊNDICE C, etc.; em negrito, caixa alta e centralizado na página.

REFERÊNCIAS

Recebe o número de referências a lista de obras efetivamente utilizadas pelo autor no corpo do texto principal de seu trabalho.

A lista tem que ser digitada por ordem alfabética, a partir do sobrenome do autor.

Exemplo:

Paulo Coelho; Peter Drucker; James Hunter; Paulo Nunes.

A lista de referências fica assim:

COELHO, Paulo.

DRUCKER, Peter.

HUNTER, James.

NUNES, Paulo.

Em caso de repetição de nomes de autores ou de monografia com edicações ou títulos diferentes, o texto repetido deve ser substituído por um travessão de 6 espaços seguidos de um ponto, assim: ______.

Exemplo:

COELHO, Paulo. Onze minutos. São Paulo: Planeta do Brasil, 2007.

______. A bruxa de Portobello. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008.

Paginação da monografia – parte II [Não vale para o word 2007]

A segunda maneira de se fazer a paginação da monografia não é tão simples, mas com o tempo, você pegas as “manhas”.

A primeira coisa que você precisa fazer é posicionar o cursor do mouse abaixo do SUMÁRIO – onde termina o sumário – antes de iniciar a página da introdução. Veja exemplo:

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Agora você clica em INSERIR – QUEBRA

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Depois clique em PRÓXIMA PÁGINA e depois clique em OK.

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Agora, o cursor está na outra página – a página da INTRODUÇÃO.

Agora você vai inserir o número de página como ensinado anteriormente. Siga os mesmos passos já explicados: Clique no ícone INSERIR e em seguida em NÚMERO DE PÁGINAS.Vai abrir uma janela e nela você clica em NÚMERO DE PÁGINA; clica em posição INÍCIO DA PÁGINA [CABEÇALHO], depois em alinhamento à DIREITA e depois em FORMATAR. E por último, clique em: INICIAR EM 10.

Agora vai aparecer assim o número da página: [10] Observe com atenção os passos a seguir.

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O próximo passo é você clicar duas vezes em cima do número 10. VAi abrir uma janela e você clica onde está escrito VINCULAR AO ANTERIOR e depois em FECHAR, conforme figura abaixo:

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Agora é um passo importante. Você sobe a página e verá que na página anterior ficou uma numeração [LEMBRE-SE !! Só deve ter numeração na página a partir da INTRODUÇÃO], portanto, volte à página anterior e CLIQUE DUAS VEZES no número que está na página anterior [1 ou 10 ou qualquer número que aparece]. Quando você clica duas vezes neste número, ele fica preto e você clica em DELETE e FECHAR.

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PRONTO !!! Sua monografia está paginada corretadamente !!

Paginação da monografia [não vale para o word 2007]

Conforme NBR147424/2002, todas as páginas que compõem o trabalho, a partir da folha de rosto, são contadas, porém, somente recebem numeração a partir da primeira página do texto principal, ou seja, da INTRODUÇÃO.

A numeração é feita em algarismos arábicos, colocada na margem superior direita.

Existem duas maneiras de fazer a paginação da monografia. A mais simples é você separar as capas até o sumário e salvar em um arquivo separado com o nome [exemplo] de Capas mono. Salve em um segundo e último arquivo a página a partir da INTRODUÇÃO até o final da monografia com o nome [exemplo] mono. Assim, você pode numerar facilmente o segundo arquivo, desde que não esqueça de contar as páginas das capas.

Exemplo: da capa até o sumário temos 10 páginas. No entanto, só começa a se contar a partir da folha de rosto. Então imagine que existem somente 9 páginas. A próxima página, que é a INTRODUÇÃO será a página de número 10, certo?

A paginação deve seguir os seguintes passos: Clique no ícone INSERIR e em seguida em NÚMERO DE PÁGINAS.

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VAi abrir uma janela e nela você clica em NÚMERO DE PÁGINA; posição INÍCIO DA PÁGINA [CABEÇALHO], EM alinhamento à DIREITA e depois em FORMATAR. E por último, clique em: INICIAR EM 10, que é a página da introdução conforme explicado acima.

Veja a figura para entender melhor!

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Como formatar o Resumo

Conforme explicado anteriormente, resumo é a síntese da monografia, inserida logo após o sumário, escrito na língua portuguesa e facultativamente, traduzida para língua estrangeira (abstract em inglês).

O resumo serve como apresentação panorâmica da monografia, devendo:

1) Ser exibido em um único parágrafo, não ultrapassando 250 palavras para a monografia;

2) Logo abaixo do resumo, devem ser inseridas as palavras-chaves;

3) Todo resumo deve vir em espaço simples e fonte 12;

4) O título RESUMO deve ser centralizado, bem como todos os títulos principais dos elementos pré-textuais e em negrito;

5) Não esquecer do pequeno macete para se construir o resumo: descrição do tema, do problema da pesquisa, os objetivos da monografia, a metodologia utilizada e a conclusão que chegou sobre a pesquisa.

Vamos ao exemplo: Primeiro selecione todo o texto do resumo [menos o título RESUMO] com o mouse. Não sabe como fazer isso? Simples! Com o dedo indicador pressionado no botão da esquerda do mouse, deslize o mouse em todo o texto [sempre pressionando o botão esquerdo]. Quando terminar de selecionar, apenas pare de pressionar o botão e vá acima em FORMATAR e PARÁGRAFO e faça conforme a figura abaixo: clicando em Entre linhas SIMPLES e ESPAÇAMENTO 0pt antes e 0pt depois.

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Como inserir Notas de Rodapé

Preste bastante atenção ao texto abaixo e veja como foi inserida a nota de rodapé, de acordo com a figura apresentada.

EXEMPLO:

A fala, como emissão de sons em cadeia significativa, tem caráter irreversível, pois se perde no ar e não pode ser recuperada.1

Como fica no rodapé:

__________________

1LADEIRA, J.G. Criação de propaganda. Rio de Janeiro: Kosmos, 1981, p. 102.

OUTRO EXEMPLO:

A profissionalização da ação voluntária, e/ou sua articulação com a aprendizagem (desenvolvimento de flexibilidade, criatividade, etc.), tem sido propalada permanentemente junto às iniciativas de promoção do trabalho voluntário e do terceiro setor1.

Como fica no rodapé:

_____________

1Terceiro setor, categoria um tanto ampla, designa as iniciativas sem fins lucrativos, não governamentais, voltadas à produção de bens e serviços públicos (FERNANDES, 1994).

VEJA AGORA COMO FORMATAR AS NOTAS DE RODAPÉ:

Clique primeiramente em INSERIR, depois em REFERÊNCIAS e depois, em NOTAS conforme a figura abaixo:

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Depois, formate como especificado abaixo [sempre]! O texto automaticamente vai pular da referência 1 para 2, e assim em diante!

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Notas de rodapé

São indicações, observações ou adiantamentos, ao texto, feitos pelo autor, tradutor ou editor, podendo também aparecer na margem ou à direita da mancha gráfica (NBR 1052-:2002).

As notas de rodapé podem ter as seguintes finalidades:

a) indicar fonte de citação;
b) indicar um livro;
c) citar a tradução de uma citação importante;
d) comentários adicionais;
e) indicar trabalhos, apresentados em eventos;
f) apontar dados obtidos não formais.

Deve-se utilizar o sistema autor-data para citações no texto e o numérico para notas explicativas. As notas de rodapé devem ser alinhadas, a partir da segunda linha da mesma nota, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a destacar o expoente e sem espaço entre elas e com fonte menor.

NOTAS DE REFERÊNCIA

São notas que indicam fontes consultadas ou remetem a outras partes da obra onde o assunto foi abordado.
A numeração das notas de referência é feita por algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.

1) Primeira citação de uma obra

A primeira citação de uma obra, em nota de rodapé, deve ter sua referência completa.

Exemplo:

 

2) Subsequentes citações da mesma obra

As subseqüentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, utilizando as expressões abreviadas quando for o caso.

a) Idem - mesmo autor - id.
b) Ibidem - na mesma obra - ibid
c) Opus citatum, opere citado - obra citada - op. cit.
d) Passim - aqui e ali, em diversas passagens - passim.
e) Loco citado - no lugar citado - loc. cit.
f) Confira, confronte - Cf
g) Sequentia - seguinte ou que se segue - et seq.
h) Apud - citado por , conforme, segundo - pode também ser usada no texto.
Obs.: As expressões Idem - Ibidem- Opus citatum, Confira e Confronte só podem ser usadas na mesma página ou folha da citação a que se referem.

NOTAS EXPLICATIVAS

São notas usadas para comentários, esclarecimentos ou explanações, que não possam ser incluídos no texto.
A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ter numeração única e consecutiva para cada capítulo ou parte. Não se inicia a numeração a cada página.

Exemplo:

Calma!! Se você não entendeu, vou ensinar você a insegir uma nota no rodapé do texto! VER PRÓXIMO POST !!

Parágrafos para citações diretas e indiretas

Quando a citação for de até 3 linhas, ela deve ser inserida no corpo do texto e utilizadas as aspas, conforme exemplo abaixo:

De acordo com Passos (2008, p. 35), “cada figura tem um significado especial para a formatação do texto”. E assim, pode-se inferir que….

Conforme se verá, sendo as citações diretas e mais longas que 3 linhas, não devem ser inseridas no corpo do texto, mas destacadas em parágrafo especial, em fonte 10.

Então, como formatar o parágrafo da citação direta com mais de 3 linhas? Siga estes passos: Clique em FORMATAR e PARÁGRAFO e personalize conforme a figura abaixo.

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Veja como fica no texto, conforme a figura abaixo:

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Lembre-se que citação indireta é uma citação livre, porém fiel ao sentido do texto original. Não necessita de aspas.

Exemplo:

Moraes (1982) observou que a absorção do Zn nos solos aumenta com a adubação fosfatada, mas ....

Observe que não é necessário colocar o número da página, pois só se utiliza o número da página [e aspas] quando a citação for direta, ou seja, uma cópia fiel da frase ou parte do texto de um autor.

Parágrafos

Como configurar os parágrafos?

A formatação específica dos principais estilos de parágrafos será estabelecida a seguir. No entanto, deve-se obedecer à formatação exigida pelo manual de cada Faculdade.

O parágrafo comumente empregado para o corpo do texto da monografia deve apresentar a seguinte formatação:

Espaçamento antes e depois 0 pt e entrelinhas 1,5 linha

O recuo, onde está escrito POR deve ser de 1,5 cm [margem do texto]

Vejamos como se faz para configurar os parágrafos:

Clique em FORMATAR e depois em PARÁGRAFO

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Depois formate conforme a figura abaixo:

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Margens e Fontes

Margens

Adotam-se as seguintes margens-padrão na visualização da configuração da página do word.

Com a sua monografia aberta, clique em CONFIGURAR PÁGINA como ensinado anteriormente e depois clique em MARGENS.

Onde está escrito Superior e Esquerda = 3cm

Onde está escrito Inferior e Direita = 2cm

Como configurar as margens:

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Fontes

Para o corpo da monografia, deve ser utilizada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12. No entanto, não se deve esquecer que para citações longas [maior que 3 linhas] e em notas de rodapé, deve se utilizar a fonte 10.

Como configurar a fonte:

Como a monografia aberta, clique em Fonte e tamanho 12 ou 10 conforme sua necessidade. Observe onde está escrito Arial [na seta ao lado existem vários tipos de fontes, no entanto, a fonte utilizada na monografia tem que ser Arial ou Times New Roman.

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Impressão e Encadernação

O papel de impressão das monografias de conclusão de curso e demais trabalhos acadêmicos deve ter o tamanho 210x297mm (modelo A4) e ser branco. A impressão deve ser feita somente em um dos lados do papel e em tinta preta.

A encadernação serve para facilitar o manuseio e a conservação das laudas (páginas) da monografia e deve ser feita, preferencialmente, com mola espiral e com o emprego de capas plásticas, sendo a primeira branca e transparente, e a última, preta e opaca para apresentação à banca.

No entanto, após aprovada a monografia, o aluno deverá entregar uma cópia encadernada profissionalmente de acordo com o pedido da Faculdade. Geralmente são de cor preta ou azul, com impressão em letras douradas.

Além disso, todo aluno deve entregar também uma cópia de sua monografia em um disquete ou CD.

Como configurar a página para papel A4:

Primeiro abra a monografia e clique em ARQUIVO e depois clique em CONFIGURAR PÁGINA

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Depois clique em PAPEL e configure o tamanho do papel para A4 – largura 21cm de largura por 29,7cm de altura.

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Formatação Básica

A partir daqui, mostrarei todos os passos necessários para a formatação da sua monografia.

A formatação será descritiva, incluindo todos os passos que você precisa dar para a aprender a usar a ferramenta Word.

ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS

Referências

Conjunto padronizado dos elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identificação individual (NBR 6023/2003). A lista de referências deve conter apenas as obras efetivamente citadas na confecção do trabalho.

Bibliografia consultada

Bibliografia consultada é a relação completa das fontes utilizadas pelo autor, como subsídio para a elaboração do trabalho, mesmo sem alusão explícita no texto.

Embora a NBR 14724 não inclua este item na estrutura de trabalhos acadêmicos, não há como negar o valor científico das obras, textos e estudos para a sustentação teórica do tema.

A inclusão deste elemento na estrutura do trabalho, portanto, deve centrar-se na necessidade e conveniência do autor em indicar o material bibliográfico relevante ao tema.

A relação completa das fontes deve-se encontrar ao final do trabalho, com o título BIBLIOGRAFIA CONSULTADA centralizado e as referências obedecendo rigorosamente à ordem alfabética de entrada. Utilizar entrelinha simples e espaçamento duplo entre uma referência e outra.

GLOSSÁRIO

Glossário é a relação de palavras ou expressões técnicas de uso restrito, utilizadas no texto, listadas em ordem alfabética, acompanhadas de seu significado.

APÊNDICE(S)

Apêndice é o documento auxiliar, elaborado pelo autor, a fim de complementar sua argumentação. É identificado por letra maiúscula, travessão e respectivo(s) título(s). A paginação deve ser contínua à do texto principal.

Na apresentação usar uma folha em branco com o cabeçalho APÊNDICE(S) centralizado no papel como divisória, na seqüência inserir os apêndices ordenados e titulados, na mesma ordem que foram citados no texto.

Ex: APÊNDICE A – Título do apêndice

ANEXO(S)

Anexo é o documento auxiliar, não elaborado pelo autor, que fundamenta, comprova e ilustra o trabalho. É identificado por letra maiúscula, travessão e título do anexo. A paginação deve ser contínua à do texto principal. Na apresentação é opcional usar uma folha em branco com o cabeçalho ANEXO(S) centralizado no papel como divisória, na seqüência inserir o(s) anexo(s) ordenado(s) e titulado(s), na mesma ordem que for (am) citado(s) no texto.

Ex: ANEXO A – Título do anexo

ÍNDICE(S)

Índice é uma lista com entrada ordenada de nomes pessoais, entidades, assuntos, nomes geográficos etc., que localizam e remetem para as informações contidas no texto (NBR 6034/2004).

Nota: não confundir índice com Sumário e Lista.

Recomendações:

· O índice deve cobrir todo conteúdo do trabalho.

Nota: São aconselhados índices gerais de autor, entidade e assunto em seqüência única.

Localização:

· O índice deve ser impresso no final do documento, com paginação consecutiva ou em volume separado.

Exercício para testar seu conhecimento

A título de exercício, faça as seguintes tarefas, nesta ordem. Escreva as respostas em forma de tópico:

1) Escolha um tema;

2) Elabore um problema (questão de pesquisa) de acordo com as etapas constantes do subitem 3.2;

3) Tente classificar sua pesquisa quanto a:

a) natureza;

b) método;

c) objetivos;

d) procedimentos.

4) Escolha o instrumento de pesquisa;

5) Indique a amostra da pesquisa.

Para concluir, inicie o planejamento de sua pesquisa respondendo, em forma de texto, as seguintes perguntas: o que fazer?, por quê fazer?, para quê?, para quem?, onde fazer?, como e com quê?, até onde pesquisar?, quando fazer? e, finalmente, quanto gastar?.

População e Amostra

População é o universo a ser pesquisado. Amostra é parte de um universo, é a parcela de população de sujeitos selecionada segundo conveniência da pesquisa.

Sujeito é aquele que será investigado; indivíduo é o sujeito na sua singularidade; entrevistado é o sujeito abordado e entrevistado pela técnica de pesquisa.

As amostras variam de tamanho segundo critérios específicos de seleção de sujeitos. Podem ser tipificadas como:

- “amostragem por saturação”: os sujeitos são escolhidos por homogeneidade e é fechada quando as informações passam a ser repetitivas;

- “bola-de-neve”: estudos aprofundados dos sujeitos, que acrescentam informações até atingir o estágio suficiente à estruturação e organização da pesquisa;

- “amostragem por variedade de tipos”: sujeitos são selecionados por critérios de homogeneidade eleitos pelo pesquisador, com número fechado de informantes.

Quanto aos tipos, a amostra é classificada nas seguintes categorias:

1) Amostragem aleatória simples

De difícil aplicação, pois despreza o conhecimento prévio da população que o pesquisador possa ter.

2) Amostragem sistemática

Se assemelha à amostragem simples, devendo ser aplicada somente nos casos em que seja possível identificar previamente a posição de cada elemento em uma população ordenada.

3) Amostra estratificada

É a seleção de uma amostra de cada subgrupo de uma determinada população.

4) Amostra por conglomerados

Aplicável no caso de pesquisa em famílias, quarteirões, organizações, ou seja, é recomendável quando a população a ser pesquisada é composta de todos os elementos da população.

5) Amostragem por cotas

É aplicável para o caso de população com quantidade elevada de elementos, em que há necessidade de pesquisa de quotas da população.

Instrumentos de pesquisa

Como coletar dados é uma pergunta freqüente em pesquisas. Os instrumentos a serem empregados são:

- questionário;

- entrevista;

- formulário;

1) Questionário é a coleta de dados com perguntas respondidas por escrito pela população pesquisada. É o meio mais rápido para obtenção de informações.

2) Entrevista é a técnica de coleta de dados entre duas pessoas, na qual uma pessoa formula uma pergunta e a outra responde.

3) Formulário é a coleta de dados em que o pesquisador formula questões previamente elaboradas e anota as respostas.

Na elaboração do questionário é necessário observar as seguintes recomendações, dentre outras:

- o questionário deve conter orientações sobre o preenchimento, devendo ser escritas, preferencialmente, salientadas com caracteres diferentes;

- é aconselhável iniciar o questionário com perguntas mais simples e concluir com as mais complexas;

- a pergunta deve considerar o nível de informação e cultura do entrevistado;

- elaborar perguntas absolutamente relacionadas ao tema;

- as perguntas devem ser claras, concretas e precisas;

- cada pergunta deve referir-se a uma única idéia de cada vez;

- a pergunta deve ensejar apenas uma interpretação;

- emprego de questões fechadas, porém com opções exaustivas de respostas;

- a pergunta não deve induzir a respostas;

- limitar o número de perguntas.

Estando pronto o questionário, é necessário fazer o pré-teste.

O pré-teste subsidia análise quanto à adequação das perguntas. Serve para indicar se as respostas denotam dificuldade no entendimento das questões, se as respostas respondem corretamente às perguntas, ou seja, tudo o que pode implicar a inadequação do questionário.

Há autores que recomendam a seleção da quantidade da amostra por meio de cálculo obediente a certo algoritmo.

No entanto, há autor que aplicar o pré-teste a entre 02 e 20 elementos da amostra, de acordo com a quantidade de elementos que compõem a amostra a ser pesquisada.

Etapas da pesquisa

Muito bem. Formulado o problema, você terá superado uma fase difícil da pesquisa. Já pode iniciar o planejamento do estudo, que compreende as seguintes fases:

- especificação dos objetivos;

- operacionalização dos conceitos e variáveis;

- elaboração do instrumento de coleta de dados;

- pré-teste do instrumento;

- seleção de amostra;

- coleta e verificação de dados;

- análise e interpretação dos dados;

- apresentação dos resultados.

Planejando a pesquisa

Planejar a pesquisa significa responder a uma série de perguntas que você fará a você mesmo.

- o que fazer? Diz respeito a escolha do tema e a busca de respostas para o problema que você formulou, e levantar hipóteses;

- por quê fazer? É a justificativa para a pesquisa;

- para quê? É o objetivo principal da pesquisa;

- para quem? Pode ser respondido pelos objetivos específicos ou refinamentos dos objetivos;

- onde fazer? É a escolha do campo de observação, o local onde a pesquisa será realizada;

- como e com quê? Instrumentos de pesquisas que serão empregados e procedimentos metodológicos;

- até onde pesquisar? Determinação da amostra escolhida e emprego de provas estatísticas;

- quando fazer? É o cronograma de etapas da pesquisa;

- quanto gastar? É a previsão de gastos com a pesquisa.

A título de exercício, tente classificar sua pesquisa de acordo com a tipologia abordada anteriormente. Não esqueça que as pesquisas são classificadas quanto à natureza, aos métodos (ou abordagem), aos objetivos e aos procedimentos.

PASSOS PARA DEFINIÇÃO DE PROBLEMA

I) Formule o problema (problematize uma situação organizacional)

O problema pode ser descrito em forma de dúvida, curiosidade, necessidade ou admiração? Se a resposta for NÃO, formule outro problema. Se for SIM, prossiga com o trabalho.

Nesse ponto o aluno pode recorrer a colegas, professores e especialistas para abordar o problema.

II) Conseguirá dar respostas ao problema?

Em caso NEGATIVO, volte ao item 1. Se caso POSITIVO, prossiga.

Se achar que não conseguirá, antes de desistir recorra a colegas, professores e especialistas em busca de auxílio para obter linhas de pensamento que possam ajudar na solução do problema.

III) O tema está relacionado a matéria do curso?

Se NÃO estiver, retorne ao item 1. Ainda há tempo... Em caso POSITIVO, parabéns, faça a próxima pergunta.

IV) A resposta ao problema tem relevância científica e social?

Em caso NEGATIVO, retorne ao item 1, pois você aprendeu que a pesquisa requer relevância científica e social. Se POSITIVO, vá adiante com o trabalho.

V) Defina o tipo de pesquisa

VI) Há fontes/amostra para a pesquisa?

Em caso NEGATIVO, retorne ao item 1. Em caso POSITIVO, prossiga.

VII) O tempo de pesquisa é compatível com o prazo de elaboração da monografia?

Se o tempo for muito longo, ainda há tempo para escolher outro problema. Retorne ao item 1.

Se for compatível, mãos à obra.

VIII) Inicie a elaboração do projeto.

Pôr uma legenda com uma figura de alguém galgando degraus, suando, mas recebendo os parabéns.

Tema e Problema/Pergunta de Pesquisa

Então tema é diferente de problema? Sim, é diferente. Vejamos alguns exemplos de temas e problemas.

Tema é mais abrangente, mais genérico (SALOMON, 2001). Problema é a expressão do pensamento interrogativo, de dúvida, de necessidade.

Veja os exemplos:

Tema 1: Negociação nas organizações

Problema 1: Antes, durante e depois: quais procedimentos e atitudes devem ser adotadas no processo negocial?

Tema 2: Tomada de decisão.

Problema 2: No processo decisório, quais aspectos são fatores de sucesso na tomada de decisão?

Tema 3: Criatividade e inovação nas organizações.

Problema 3: Quais fatores influem no processo criativo dos recursos humanos?

Tema 4: Avaliação de desempenho.

Problema 4: O modelo de gestão de desempenho subsidia decisões de treinamento e desenvolvimento na organização?

Formulando o problema

A problematização de uma situação pode ser facilitada se adotada uma seqüência de procedimentos. O aluno pode recorrer a professores que lecionam disciplinas da área de pesquisa, colegas de aula, colegas de trabalho e amigos. Não deve ser uma tarefa solitária, pois os conhecimentos construídos por outras pessoas podem ser úteis nesta etapa da pesquisa.

Embora não haja um receituário único para a formulação do problema, eis as etapas que devem ser superadas para tal objetivo.

Planejando a pesquisa

Agora que você já aprendeu também os tipos de pesquisa, é normal surgirem algumas perguntas tais como:

- Por onde começar a pesquisa?

- Que tema pesquisar? Qual o problema a ser investigado?

- O tema, problema e objetivos são as mesmas coisas?

Nesta etapa, você pensará em uma fase apenas da pesquisa, que é a fase decisória. As demais fases, a construtiva e a redacional, deixe-as para depois.

A fase decisória requer mais inspiração que transpiração, ou melhor, trabalho do aluno. Ou seja, é fase em que você de escolherá o tema, a definirá e delimitará o problema a ser pesquisado.

A fase construtiva diz respeito à instrumentalização, ou seja, construção de um plano de pesquisa, e à operação, que é a realização da pesquisa.

A fase redacional é a elaboração do relatório final de pesquisa. Alcança a introdução (apresentação do problema, da justificativa, do referencial teórico), o desenvolvimento (a tabulação ou organização e análise dos dados e informações obtidas na pesquisa) e as conclusões. Noutro módulo trataremos mais detidamente desta fase.

É proveitoso para o estudo apresentar algumas considerações sobre a forma de escolher o tema da pesquisa.

Há estudantes que escolhem o tema de acordo com o grau de identificação estabelecida com o assunto ao longo do curso. Isso é importante porque o aluno pesquisará assunto de seu maior interesse, para o qual tem aptidão para desenvolver o tema. Se você optou por linha temática com a qual se identifica, dedicar-se-á a assunto que lhe apraz e, por isso, é provável que o faça com entusiasmo e satisfação.

Se o aluno se interessa pelo tema, é possível que seu trabalho lhe sirva de inspiração para continuidade em outras pesquisas. Quem sabe, pode ser o nascedouro da dissertação de mestrado ou tese de doutorado.

Outra linha que pode guiar a escolha do tema é a possibilidade de a pesquisa contribuir com sua empregabilidade. Não raro, alunos adultos cursam pós-graduação em busca de especialização para melhorar sua competitividade profissional. Assim, pesquisar tema correlato a sua atividade, que você considera fator crítico de sucesso na carreira, se afigura oportuno, pois depois que terminar o curso, você estará em níveis de desempenho profissional mais avançados.

Ou seja, se o aluno pesquisa resposta para problema que afeta a organização em que trabalha, colaborará para a busca de solução em bases científicas e embasadas em literatura aplicável à questão. Isso pode ser visto como interesse pelos problemas da empresa, melhorando, por conseqüência, sua empregabilidade.

Bem, se você já tem ponto de partida para escolher o tema, pode iniciar a pesquisa?

Não. Primeiramente, para iniciar uma pesquisa, temos que ter uma dúvida, uma pergunta sem resposta, enfim, um problema para resolver. Sem problema, simplesmente não há o que pesquisar, conforme você já aprendeu. Aliás, se diz de forma descontraída, que o problema da pesquisa é formular o problema ...

Pesquisa quanto aos procedimentos (continuação)

Pesquisa etnográfica

Segundo Wielewicki (2001, p. 27), citando Hornberger (1993), é a pesquisa que “procura descrever o conjunto de entendimento e de conhecimento específico compartilhado entre participantes que guia seu comportamento naquele contexto específico, ou seja, a cultura daquele grupo”.

Como etnografia é ciência da descrição cultural (LUDKE e ANDRÉ, 1999), a pesquisa etnográfica estuda grupos de pessoas, enfatizando os sujeitos pesquisados, independentemente das teorias que sustentam a descoberta. Assim, os resultados da pesquisa poderiam ser verdades relativas, de difícil generalização, o que provoca discussão sobre este tipo de pesquisa e seus fundamentos.

É pesquisa eminentemente qualitativa, rica em instrumentos observacionais (entrevistas informais, anotações, gravações em vídeo e rádio, observações locais, convivência do pesquisador com entes pesquisados no local dos fenômenos, etc).

Aspecto a relevar é a ausência de teorias na observação dos fatos sociais, ou seja, inexistem explicações apriorísticas dos fenômenos, mas a partir delas é que o pesquisador tenta construir uma teoria para o local estudado e, depois, de forma cuidadosa, fazer generalizações.

Pesquisa fenomenológica

A fenomenologia, tida por Merleau-Ponty (1975), citado por Bruns (2001), como o estudo das essências, é apropriada à pesquisa sobre educação. Se educação, na sua acepção, contempla as possibilidades de seu sujeito – o aluno, a este tipo de pesquisa importa o fenômeno puro, no sentido subjetivo, tal como recebe, processa e se manifesta a consciência, sem considerar o fenômeno com o mundo exterior.

Tem como componentes básicos a análise, a crítica e a reflexão sobre o fenômeno. É adequada à pesquisa em educação sobre a perspectiva do método investigativo, procedimental didático-pedagógico e concepção de realidade de conhecimento.

Como método de investigação exige procedimentos rigorosos de pesquisa, e por isso é capaz de servir a descobertas de características essenciais e construções posteriores. Pode subsidiar oportunidades de intervenções na prática pedagógica e na formulação de políticas educacionais.

Sob o aspecto didático-pedagógico, sua contribuição deriva do fato de trabalhar com a realidade escolar, com o real tal como vivido e se apresenta, independentemente de prescrições de teorizações sobre componentes do processo escolar.

Pesquisa experimental

Experimentos são meios usuais de pesquisa científica que permitem controle do ambiente e dos sujeitos da pesquisa.

Pela pesquisa experimental o pesquisador estabelece um objeto de estudo, seleciona as variáveis que podem influenciá-lo e define mecanismos e formas de controle e de observação dos efeitos causados pelas variáveis selecionadas sobre o objeto pesquisado.

O objetivo é verificar o efeito de uma ou mais variáveis independentes sobre uma variável dependente, ou seja, testar uma relação de causa e efeito de certo fenômeno.

A pesquisa apresenta três modelos comuns de experimentos, que são:

- a pesquisa genuinamente experimental, que é a observação antes e depois com dois grupos;

- a pesquisa pré-experimental, que é a observação antes e depois com único grupo; e

- pesquisa quase-experimental, que é a observação apenas depois de dois grupos.

Pesquisa quanto aos procedimentos

Quanto aos procedimentos, as pesquisas podem ser:

- estudo de caso; pesquisa documental; pesquisa bibliográfica; levantamento; expost-facto; pesquisa participante; pesquisa-ação; pesquisa etnográfica; pesquisa fenomenológica; pesquisa experimental.

Estudo de caso

Para Lüdke e André (1999), o estudo se assemelha mais a uma abordagem metodológica de pesquisa que a um tipo de procedimento. É composto de três fases: uma exploratória; outra de sistematização de coleta de dados e delimitação do estudo, e a última de análise e interpretação das descobertas.

Trata-se, como os termos indicam, do estudo de certo caso singular visando descoberta de fenômenos em determinado contexto. Enfatiza a interpretação de um caso particular e busca retratar a realidade de forma complexa e profunda.

Mas não é simples fazer generalizações das descobertas neste tipo de pesquisa, porque não têm caráter imediato e requerem cuidados do pesquisador para transpor as constatações para contextos mais amplos.

Por ser singular, único, o estudo de caso permite que o você pesquise tema já estudado ou em estudo por outro pesquisador. Ora, se é um caso particular, carregará sempre aspecto peculiar que o diferenciará de outros, permitindo concepções diferenciadas do objeto estudado.

Pesquisa documental

A pesquisa documental, ou histórica, consiste, de modo geral, na procura, leitura, avaliação e sistematização, objetivamente, de provas para clarificar fenômenos passados e suas relações com o tempo sócio-cultural-cronológico, à cata de conclusões ou explicações para o presente.

De acordo com Gil (1991, p. 51) a “pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”.

A seleção da amostra do material deve ser “proposital” ou “intencional”, escolhida por deliberação do pesquisador mediante pressuposto de adequação para a pesquisa.

É uma técnica que permite estudar um problema a partir da expressão dos indivíduos. Ou seja, considera-se que a linguagem e a comunicação constantes dos documentos produzem fatos sociais a partir do que se pretendeu dizer, ou o fez diferente do que pretendia. É tipicamente uma análise de conteúdos para permitir cotejo entre o que objetivou o documento e a realidade.

As informações relevantes são objeto de fichamento, isto é, a catalogação do conteúdo importante para o trabalho contendo cabeçalho, identificação do autor, título, editora e ano.

Pesquisa bibliográfica

No dizer de Gil (1995), a pesquisa bibliográfica é um trabalho de natureza exploratória, que propicia bases teóricas ao pesquisador para auxiliar o pesquisador no exercício reflexivo e crítico sobre o tema em estudo. Em primeiro momento, serve para aguçar a curiosidade do pesquisador e despertar inquietações.

Serve para ambientar o pesquisador com o conjunto de conhecimento sobre o tema. É a base teórica para o estudo, sendo, por isso, leitura seletiva, analítica e interpretativa dos livros, artigos, textos da Internet, filmes. O pesquisador deve buscar idéias relevantes ao estudo, com registro fidedigno das fontes.

Essas idéias relevantes são objeto de fichamento, isto é, a catalogação do conteúdo importante para o trabalho contendo cabeçalho, identificação do autor, título, editora e ano.

Levantamento

É a pesquisa realizada para conhecimento e descrição de comportamentos e características de indivíduos por meio de perguntas diretamente aos próprios indivíduos.

Pesquisa expost-facto

É a pesquisa realizada após a ocorrência do fenômeno ou experimento.

Pesquisa-participante

É uma concepção de pesquisa em que a investigação social ocorre por meio de forte interação entre o pesquisador e o público pesquisado – a comunidade.

A conjugação dos esforços de pesquisa busca permitir à comunidade análise de sua realidade para benefício próprio. Constitui, assim, terreno fértil para mudanças do que ocorre com a comunidade, o que lhe confere certo potencial educador e político e, por isso, capaz de promover emancipação social dos grupos pesquisados.

Pesquisa-ação

A pesquisa-ação é caracterizada pela estreita cooperação entre os agentes pesquisados e o pesquisador.

Nesse tipo de pesquisa, certa situação-problema, de abrangência coletiva, é investigada para, em discussão com as pessoas atingida por um problema ou questão sobre causas, agentes, opções de reparo, ações, negociações e conflitos, chegar à resolução e gerar aprendizagem sobre o que se tratou.

É educativa e politizadora, tendo, igualmente à pesquisa participante, potencial e intenções transformadoras sob o enfoque social.

Há diferença entre pesquisa-ação e pesquisa-participante. A pesquisa- participante objetiva levar a comunidade a investigar e a analisar sua realidade, e partir daí provocar mudanças a posteriori. Na pesquisa-ação a análise é simultânea à mudança.

Pesquisa quanto aos objetivos

Quanto aos objetivos, as pesquisas podem ser:

- exploratórias;

- descritivas;

- explicativas.

Pesquisas exploratórias:

Conforme leciona Gil (1991), objetivam facilitar familiaridade com o problema objeto da pesquisa, para permitir a construção de hipóteses ou tornar a questão mais clara. Os exemplos mais claros são a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso.

São empregadas para:

- levantamentos/estudos bibliográficos;

- análise de exemplos que auxiliem a compreensão do problema;

- entrevistas com pessoas envolvidas com o problema objeto da pesquisa;

- estudos de casos.

Pesquisas descritivas:

Buscam a descrição de características de populações ou fenômenos e de correlação entre variáveis. São apropriadas a levantamentos.

São empregadas, por exemplo, nos seguintes tipos de investigação:

- levantar opiniões;

- levantar atitudes, valores e crenças;

- descobrir correlação entre variáveis (por exemplo, correlação entre a preferência por determinado lazer e nível cultural ou de renda da pessoa pesquisada);

- nível de escolaridade, preferência por candidatos, renda, sexo, gosto, preferência por candidato, e outras características de uma população

Pesquisas explicativas:

Essa tem o uso mais restrito. Emprega o método experimental de pesquisa, e são dotadas de complexidade, servindo para identificar atributos ou fatores que determinam a ocorrência de fenômenos.

São observadas, geralmente, em pesquisas tipificadas quanto ao procedimento como experimental ou expost-facto.

Pesquisa quanto ao método ou abordagem

A pesquisa obedece, geralmente a um ou dois métodos:

- método quantitativo.

- método qualitativo;

Tais métodos têm características diferentes, mas têm caráter complementar, não excludente.

Há autores (Ludke e André, 1999) que afirmam que uma pesquisa não seria somente quantitativa, pois na escolha das variáveis o pesquisador estaria operando com aspectos qualitativos.

Método quantitativo

É mais utilizado em pesquisas de ciências naturais.

Emprega medidas padronizadas e sistemáticas, reunindo respostas pré-determinadas, facilitando a comparação e análise de medidas estatísticas de dados, sendo facilmente apresentada em pouco tempo, de aplicação recomendável nos seguintes casos:

- categorias de análise não pré-determinadas;

- estudo das questões com profundidade;

- avaliação de informações sobre menor número de fenômenos em estudo;

- descrição detalhada sobre os fenômenos observados.

Método qualitativo

É mais apropriado a pesquisas da área das ciências sociais.

É baseado na interpretação dos fenômenos observados e no significado que carregam ou significado atribuído pelo pesquisador dada a realidade em que os fenômenos estão inseridos. Considera a realidade e particularidade de cada sujeito objeto da pesquisa. O processo é descritivo, indutivo, de observação que considera a singularidade do sujeito e a subjetividade do fenômeno, sem levar em conta princípios já estabelecidos. Permite generalizações de forma moderada, posto que parte de casos particulares.

A pesquisa em operação: marcos e métodos

Bem, entendidos os conceitos de pesquisa científica, de conhecimento e de problema, que tal estudarmos alguns marcos que diferenciam a pesquisa científica.

A pesquisa pode ser diferenciada quanto à natureza, aos métodos (ou abordagem), quanto aos objetivos e quanto aos procedimentos.

E em que residiria cada uma dessas diferenças?

Vejamos a diferença das pesquisas quanto à natureza

Sob o enfoque da natureza, a pesquisa pode ser básica ou aplicada.

A pesquisa básica objetiva gerar conhecimento novo para o avanço da ciência, busca gerar verdades de interesses mais amplos (universalidade), não localizados. Não tem, todavia, preocupação com aplicação prática do resultado. Por exemplo, estudas as propriedades de determinado mineral.

A pesquisa aplicada é dedicada a geração de conhecimento para solução de problemas específicos, é dirigida à busca da verdade para determinada aplicação prática em situação particular. Por exemplo, estudar o efeito dos estilos de liderança no clima organizacional em certa empresa para melhorar as relações interpessoais no ambiente de trabalho.

Métodos Científicos – Parte II

Você está observou que, pela definição, não haveria pesquisa científica se não houvesse interrogação, se não existisse dúvida, se não houvesse necessidade de correlação entre fatos e teorias.

Outra dedução que você pode extrair dos enunciados é a vinculação da pesquisa à sistematização, ou seja, ao método.

E o que seria conhecimento? Seria a relação entre um sujeito e um objeto; ou interpretação construída da realidade

Já conhecimento científico seria “Conjunto de experiências comprováveis cientificamente”. Tem como características a consistência, ou seja, resiste a contestações, observa a coerência porque é derivado de raciocínio e dedução lógica, sem contradições; é objetivo porque busca a realidade como é e se apresenta; e por fim, representa a opinião da comunidade científica em certa época e lugar.

Imagem de homem/mulher admirada e “encucada”

Parece um pouco complexo, não acha? Mas observe que as característica fazem sentido.

E o que seria problema no contexto da definição anterior?

É a expressão de pensamento interrogativo, de dúvida, de necessidade.

Vamos debater? Você acha que sua pesquisa, que será baseada em métodos científicos, pode contribuir para a ciência?

Você acha que é proveitoso para a ciência iniciar uma pesquisa sem a busca de resposta para um fato ou uma situação observada?

Qual o papel do método científico para o processo investigatório?

Métodos Científicos – Parte I

Agora que você vai elaborar um trabalho acadêmico, que tal estudar o que é o método científico?

Para que serve o método científico? Em que a pesquisa científica lhe será útil?

Os conhecimentos a serem construídos nesta etapa do seu estudo serão importantes sob vários aspectos. Um, de caráter imediato, pois o trabalho que você elaborará deverá ter como base princípios de metodologia científica, que é exigência do mundo acadêmico; outro, de uma forma menos imediata, porque você poderá empregar o aprendizado em outras pesquisas e estudos, quem sabe em novas pesquisas em seu trabalho, e até aguçar a curiosidade para fazer uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado.

Para você, o que é pesquisa científica? Para que serve?

Veja o que dizem alguns estudiosos do tema.

Galvão (2001), Bauer e Gaskel (2002) e Turato (2004) dizem que a produção do conhecimento tem caráter objetivista do mundo físico, obedece a formalismos, métodos e procedimentos aceitos pela comunidade científica. Esse caráter objetivista seria próprio das pesquisas nas ciências naturais como, por exemplo, Física, Química, Biologia, Astronomia, etc.

Dizem também os autores que a ciência é uma produção humana centrada na compreensão do mundo, alinhada a caráter subjetivista com enfoque no sujeito. Ou seja, a ciência e a produção do conhecimento consideram a interpretação de fatos observados, não somente sua explicação; os significados dos fenômenos para a relação entre os indivíduos e a sociedade, não só a verdade que encerram. O caráter subjetivista é mais apropriado a pesquisas no mundo das ciências sociais, como Administração, Economia, Sociologia, etc.

Nessa linha, você pode iniciar a produção de novos conhecimentos a partir de interpretação de fatos observados em pesquisas científicas, assim entendidas aquelas que obedecem a metodologias acolhidas pela ciência.

A pesquisa científica serve para produção de conhecimento, própria do ser humano, que constantemente busca respostas para perguntas que não foram respondidas, ou o foram de maneira insatisfatória.

As respostas, inclusive as suas, claro, podem gerar conhecimento que confirma alguma teoria, reforma-a acrescentando novos elementos, ou refuta-a diante da singularidade do que você observou.

E observe que, quando o homem pensa que encontrou respostas para tudo, mudam-se as perguntas, e nova jornada de pesquisa é empreendida.

Por isso, seu estudo, ainda que lhe pareça um lugar comum, pode ser uma pesquisa científica, que dará início a novo conhecimento, ou confirmará teoria já conhecida e consagrada por estudiosos.

Para facilitar o entendimento de pesquisa científica, que tal estudarmos o significado de cada um dos termos?

De acordo com o Dicionário Aurélio, pesquisa é: “indagação ou busca minuciosa para averiguação da realidade; investigação e estudos, minudentes e sistemáticos, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princípios relativos a um campo qualquer do conhecimento” (1986, p. 1320).

No estudo da metodologia científica, pesquisa pode ser conceituada como:

Conjunto de estudos sistematizados e obedientes a métodos e técnicas, para esclarecimento de uma dúvida ou problema.

Observe que a referência a “dúvida ou problema” significa algo específico, delimitado, a um objetivo determinado.

Já científica, ainda de acordo o Dicionário Aurélio, seria “relativa à ciência ou às ciências”, “que tem o rigor da ciência: método científico” (1986, p. 404).

E ciência, o que seria?

“A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao conhecimento sistemático, com objeto limitado, capaz de ser submetido a verificação” (Trujilo, 1974, citado por Lakatos e Marconi, 1991).

Para Salomon, (2001, p. 149), uma pesquisa ou atividade pode ser considerada científica se: produz ciência, se deriva de ciência, ou se acompanha modelo científico de tratamento.

Pesquisa científica é caracterizada como:

- procedimento baseado no conhecimento científico; ou

- procedimento sistematizado e racional que objetiva responder problemas propostos

E em que se baseariam esses procedimentos? Esses procedimentos são apoiados na observação de fatos e nas teorias já existentes e suas análises, servindo à formulação de questões sobre a realidade.

Para Demo (1996, p. 34), a pesquisa seria “um questionamento sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”.

Já para GIL (1999, p. 42), pesquisa científica é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico. O objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”.

Metodologia

Metodologia é a descrição clara e precisa dos métodos, materiais e equipamentos utilizados, de modo a permitir a repetição dos ensaios por outros pesquisadores.

Na metodologia, devem estar declarados:

· objetivo do estudo e sua relação com o referencial teórico;

· as questões e hipóteses do estudo;

· a descrição e justificativa da(s) metodologia(s) utilizada(s);

· a população;

· objeto de estudo;

· a amostra, o processo de amostragem;

· a forma e a estratégia de coletas de dados e informações;

· as técnicas estatísticas empregadas nas análises, no caso de abordagem quantitativa;

· as atividades realizadas antes, durante e após a coleta de dados;

· referencial teórico no caso da abordagem qualitativa.

Nomes comerciais de produtos, na nomenclatura genérica ou química conhecida internacionalmente, só deverão ser utilizados se forem essenciais à sua identificação.

Técnicas e equipamentos novos devem ser descritos em detalhes; caso contrário, basta à citação em referência bibliográfica correspondente.

Nota: Nenhum resultado deverá ser incluído nessa etapa do trabalho.

Resultado

Resultado é a apresentação sistemática dos dados obtidos, sem interpretação pessoal.

Recomendações:

· a confrontação com outros trabalhos deverá ser feita na discussão;

· métodos estatísticos, pouco usados ou complexos, devem ser acompanhados de referências bibliográficas;

· o texto pode ser complementado por tabelas, gráficos etc.;

· não repetir os dados das tabelas, gráficos etc.;

· enfatizar ou resumir somente as observações relevantes;

· dados negativos devem ser incluídos, se significativos para o resultado final da pesquisa.

Discussão

Discussão é a explicitação que mostra as relações entre os fatos observados, o que significam os resultados obtidos e fornece, também, elementos para a conclusão.

Na discussão, podem ser sugeridas novas pesquisas e/ou indicar problemas a serem solucionados diante da experiência adquirida no desenvolvimento do trabalho.

Nesta parte do trabalho, deve-se:

· resumir os resultados e não recapitulá-los;

· evitar a repetição de forma detalhada de informações apresentadas na introdução e no resultado;

· apresentar os princípios, relações e generalizações que os resultados indicam;

· mencionar as exceções ou falta de correlações e delimitar os aspectos não resolvidos;

· expor as conseqüências teóricas e aplicações práticas do trabalho;

· relacionar as observações com outros estudos relevantes, interpretando eventuais concordâncias ou discordância com outros autores;

· optar pela decisão de não ocultar ou alterar dados.

Conselhos para escrever o texto

Além da estrutura que o texto deve ter, utilizando-se de aspectos normalizadores e gramaticais, recomenda-se observar alguns conselhos importantes:

1) Abra parágrafos com frequência quando for necessário, para arejar o texto, mas quanto mais vezes, melhor;

2) Escreva o que lhe vier à cabeça, mas apenas em rascunho; depois perceberá que o ímpeto arrebentou-lhe a mão e afastou-o do núcleo do tema. Elimine então as partes menos importantes e divagações. A finalidade da monografia é demonstrar uma hipótese ou assunto que se elaborou inicialmente, e não provar que se sabe de tudo;

3) use o orientador como cobaia; faça-o ler cada capítulo com bastante atenção na sua frente, com antecedência, antes da entrega da monografia. As reações dele poderão ser de grande utilidade. Se o orientador for uma pessoa muito ocupada, recorra a um amigo ou a outro professor de sua confiança. Verifique se qualquer pessoa entende o que você escreveu. Não se faça de gênio solitário;

4) Não se obstine em iniciar o primeiro capítulo; talvez esteja mais preparado e documentado para o capítulo do desenvolvimento. Lembre-se que a Introdução só é terminada após a finalização da monografia;

5) Não use reticências ou pontos de exclamação, nem faça ironias; pode-se adotar uma linguagem absolutamente referencial ou uma linguagem figurada. Por linguagem referencial, entende-se uma linguagem em que todas as coisas são chamadas por seu nome mais comum, ou mais reconhecidos por todos, e que não se presta a equívocos. Um ensaio crítico ou uma monografia científica deveriam, de preferência, ser escritos em linguagem referencial (com todos os termos bem definidos), mas às vezes é útil empregar uma metáfora ou uma ironia;

6) Defina sempre um termo ao introduzi-lo pela primeira vez; não sabendo defini-lo, evite-o. Se for um dos termos principais de sua monografia e não conseguir defini-lo, abandone tudo. Enganou-se de tema!;

7) Nunca use artigo diante de nome próprio; não existe justificativa para dizer “O João” ou “o Rosa”. De qualquer forma, soa um pouco antiquado. Há duas exceções: quando o nome próprio indica um manual célebre, uma obra de consulta ou um dicionário (“segundo o Aurélio”) e quando, numa resenha crítica, citam-se os estudiosos menores ou pouco conhecidos (“comentam a esse propósito o Caprazzoppa e o Bellotte”);

8) Não aportuguese jamais os nomes próprios estrangeiros; há quem indique João Paulo Sarte (Jean Paul Sartre), o que é ridículo. São permitidas exceções, e a principal delas é a que se refere aos nomes gregos e latinos, como Platão, Virgílio, Horácio;

9) Só se devem aportuguesar os sobrenomes estrangeiros em casos de tradução consagrada. Admitem-se Lutero, Confúcio, Tomás de Aquino, num contexto normal.

BOA SORTE !!

Termos para ajudar na ligação entre parágrafos do desenvolvimento dos textos

Os principais conectores, isto é, termos que deduzem ligações lógicas entre parágrafos, são de:

Adição

E…, mais…, Além disso…, Também…, Em adição…, Some-se a isto…, Somando…, Acrescenta-se também…, A propósito…, etc.

Conclusão ou consequência

Portanto…, Assim…, Dessa forma…, Conclui-se que…, Resumindo…, Então…, Por outro lado…, Ao passo que…, Recomenda-se…, Devido…, Por isso…, Por sua vez…, Dessa forma…, etc.

Semelhança ou ênfase

Do mesmo modo…, Igualmente…, Com certeza…, Possivelmente…, De muito…, De pouco…, De todo…, Bastante…, Demasiadamente…, Profundamente…, Qualquer que seja…, etc.

Tempo

Assim que…, Em seguida…, Até que…, Quando…, Por fim…, Depois de…, Antes que…, Por ora…, De repente…, De vez em quando…, A tempo…, Às vezes…, De quando em quando…, Em algum momento…, Mais adiante…, Durante…, Todavia…, Após…, etc.

Exemplificação

Por exemplo…, Isto é…, Como…, Decerto…, Provavelmente…, Por certo…, Quer saber…, Quando se fala…, O referido…, etc.

Reafirmação ou resumo

Em outras palavras…, Em resumo…, De fato…, Em síntese…, Na verdade…, Deveras…, Certamente…, Realmente…, Efetivamente…, etc.

Contraste ou concessão

Mas…, Porém…, Entretanto…, Todavia…, Ao contrário…, Em vez de…, Por outro lado…, Ao passo que…, Ora…, Talvez…, Porventura…, Ademais…, TAis cuidados…, Desde…, Enquanto…, etc.

Espaço

Ao lado de…, Sobre…, Sob…, À direita…, No centro…, No fundo…, À frente…, À esquerda…, À tona…, À distância…, À entrada…, À saída…, Ao fundo…, Ao longo…, De fora…, De lado…, Por fora…, Em frente…, Por dentro…, Por perto…, etc.

Da mesma forma, podemos utilizar vários conectores para anteceder o processo de citação textua. Os mais comuns são:

Na opinião de…, De acordo com…, Afirma…, Para…, Na visão de…, Do ponto de vista de…, Segundo…, …exemplifica…, …quando afirma…, Como caracteriza…, Em … vamos encontrar o seguinte esclarecimento…, No dizer de…, … explicita seus pressupostos…, Utiliza-se da seguinte argumentação…, Como descrito por…, Outro ensinamento de…, …alega que…, …caracteriza…, …conceitua….

Além de saber escrever o texto com parágrafos bem construídos, é importante também termos em mente a quem nos dirigimos ao escrever a monografia. Esse é um trabalho que, por várias razões, dirige-se primeiramente ao orientador/examinador, mas presumimos que possa e deva ser lido e consultado por qualquer estudioso no assunto; uma vez decidido a quem se escreve, cumpre resolver o problema de como escrever.

Elementos de apoio ao Desenvolvimento

CITAÇÃO

Menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte (livros, artigos científicos, jornais, revistas, etc).

NOTA DE RODAPÉ

Nota de rodapé se destina a prestar esclarecimentos, comprovar uma afirmação ou justificar uma informação que não deve ser incluída no texto, limitando-se ao mínimo necessário.

ILUSTRAÇÕES

As ilustrações compreendem as tabelas, os quadros e as figuras. Complementam o texto e devem ser inseridas o mais próximo possível dos trechos a que se referem. Cada ilustração deve possuir um título, colocado acima desta. Abaixo da ilustração, deve-se se colocar o autor da ilustração, o ano e a página do livro (ou outra fonte) que você retirou a ilustração.

Tabela

As tabelas apresentam informações tratadas estatisticamente. São elementos demonstrativos de síntese que constituem unidade autônoma.

Forma de apresentação:

· numeração independente e consecutiva;

· o título é colocado na parte superior, precedido da palavra TABELA e de seu número de ordem em algarismo arábico;

· as fontes citadas na construção de tabelas e notas eventuais aparecem abaixo da linha de fechamento;

· se a tabela não couber em uma folha, deve ser continuada na folha seguinte; nesse caso, sem delimitação por traço horizontal na parte inferior, sendo o título e o cabeçalho repetidos na folha seguinte.

Desenvolvimento ou Referencial Teórico

É a parte principal do texto, que contém a exposição ordenada e pormenorizada do assunto. Divide-se em seções e subseções, qeu variam conforme a abordagem do tema e o método.

O desenvolvimento trata da matéira de forma abrangente e objetiva. Ele corresponde à parte mais extensa do trabalho. Deve incluir o referencial teórico pesquisado.

Obs.: Não deve esquecer de redigir o texto na terceira pessoa do singular.

INTRODUÇÃO

Em linguagem mais simples, a introdução deve ser um “grande” resumo do que se pretende com o trabalho.

Obs.: Para auxiliar na elaboração da introdução, segue algumas perguntas que, se bem respondidas, darão forma clara a essa parte do trabalho:

# De que trata o assunto?

# Qual a situação-problema levantada?

# Em que se fundamenta o estudo?

# Qual o objetivo do pesquisador ao escolher o tema?

# Qual o relato histórico do problema?

Ao final, termina-se o texto com a pergunta da pesquisa. Podemos usar uma frase que serve para qualquer curso:

Exemplo: Diante do exposto, chega-se à seguinte pergunta de pesquisa: Xxxxxxxxxxxxxxxxxxx ??

Logo após vem o objetivo geral da pesquisa. Pense! Qual o objetivo da sua pesquisa. Ou seja, é a transcrição do propósito do trabalho ou da investigação científica; deve ser imparcial e direito.

Lembrando o exemplo dado anteriormente sobre a motivação dos funcionários de uma empresa, podemos usar o seguinte objetivo geral: O objetivo geral do seguinte trabalho é analisar a motivação dos funcionários da empresa Xxxxx.

Objetivos específicos. Vem logo após o objetivo geral. Devem ser apontados de 3 a 5 objetivos específicos.

Exemplo:

Os objetivos específicos do presente trabalho são:

- Apontar os diversos conceitos de motivação;

- Identificar os diferentes estilos de liderança presentes na Empresa X; e

- Investigar como se caracterizam as relações entre gestor (líder) e subordinado (funcionários).

Após os objetivos específicos, algumas instituições exigem a justificativa. A justificativa deve ter suscinta e escrita com clareza. Aqui você escreve sobre a importância da escolha do seu tema.

Elementos Textuais da Monografia

Os elementos textuais são constituídos em três partes fundamentais: introdução, desenvolvimento OU Revisão de Literatura e conclusão.

INTRODUÇÃO

Introdução é a parte em que o assunto é apresentado como um todo, poderá conter:

· definição sucinta do assunto abordado e justificativa da escolha;

· delimitação da pesquisa, em relação ao campo e período abrangidos;

· esclarecimentos sobre o ponto de vista sob o qual o assunto será tratado;

· relacionamento do trabalho com outros da mesma área;

· objetivos e finalidades da pesquisa, com especificação dos aspectos que serão ou não abordados.

DESENVOLVIMENTO/REVISÃO DE LITERATURA

Desenvolvimento é a parte principal do texto que descreve, detalhadamente, a pesquisa e seu desenvolvimento.

CONCLUSÃO

Conclusão é a síntese do trabalho fundamentada nos resultados, na discussão e vinculada ao objetivo proposto.

Propostas de novas pesquisas e soluções para os problemas detectados podem ser apresentadas.

Obs.: Quando existe uma pesquisa de campo ou estudo de caso presente na monografia, o capítulo será feito a parte com o nome Metodologia.

METODOLOGIA

Metodologia é a descrição clara e precisa dos métodos, materiais e equipamentos utilizados, de modo a permitir a repetição dos ensaios por outros pesquisadores.

Na metodologia, devem estar declarados:

· objetivo do estudo e sua relação com o referencial teórico;

· as questões e hipóteses do estudo;

· a descrição e justificativa da(s) metodologia(s) utilizada(s);

· a população;

· objeto de estudo;

· a amostra, o processo de amostragem;

· a forma e a estratégia de coletas de dados e informações;

· as técnicas estatísticas empregadas nas análises, no caso de abordagem quantitativa;

· as atividades realizadas antes, durante e após a coleta de dados;

· referencial teórico no caso da abordagem qualitativa.

Nomes comerciais de produtos, na nomenclatura genérica ou química conhecida internacionalmente, só deverão ser utilizados se forem essenciais à sua identificação.

Técnicas e equipamentos novos devem ser descritos em detalhes; caso contrário, basta à citação em referência bibliográfica correspondente.

Sumário

Sumário é a enumeração das divisões, seções e outras partes de uma publicação na mesma ordem e grafia em que a matéria aparece no texto, acompanhado do respectivo número da página.

· localizado antes da introdução (ultimo elemento pré-textual);

· transcrito em folha distinta com o título SUMÁRIO centralizado ao alto, com a mesma fonte utilizada para os títulos das seções primárias;

· não devem constar no sumário os elementos pré-textuais;

· a subordinação dos itens devem ser destacada pela apresentação tipográfica utilizada no texto;

· os indicativos das seções são alinhados à esquerda separados do título somente por um espaço (NBR 6024/2003);

· o sumário não deve ser confundido com índice e lista.

Exemplo:

SUMÁRIO

1.

INTRODUÇÃO

11


1.1 – Problema de Pesquisa

12


1.2 – Objetivos

12


1.2.1 – Objetivo Geral

13


1.2.2 – Objetivos Específicos

13


1.3 – Justificativa do Tema

13



2.

REFERENCIAL TEÓRICO

15


2.1 – Conceito de xxxxxxx

15


2.2 – Estilos

17


2.3 – XXxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

17


2.3.1 – Teoria

18




3.

ASPECTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

35


3.1 – Tipos de Pesquisa

35


3.2 – População e amostra

35


3.3 – Instrumentos

36


.4 – Procedimentos

36


3.5 – Análise de dados

37



4.

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

48


4.1 – Xxxxxxxxxxxxxx

48




CONSIDERAÇÕES FINAIS

52


REFERÊNCIAS

53


ANEXO

53

Obs.: No entanto, deve-se seguir o exemplo dado pelo manual de cada Faculdade/Universidade.

Listas

Opcional, a Lista é a relação de elementos selecionados do texto, tais como data, exemplo, ilustração etc. Possuem apresentação similar à do sumário, onde devem constar: número, título e página. Quando pouco extensas, as listas podem figurar seqüencialmente na mesma página.

**Listas de abreviaturas e/ou siglas

As abreviaturas e siglas devem ser relacionadas, na ordem alfabética, seguidas de seu respectivo significado por extenso.

Exemplo:

ABNT : Associação Brasileira de Normas Técnicas

A4 : Formato de folha de papel medindo 210 x 297 mm. É um formato padrão internacional. Por força do Decreto n.º 80.739, de 14 de novembro de 1977, é de uso obrigatório no Serviço Público Federal, na Administração direta e indireta, embora a maioria dos órgãos venham utilizando o tamanho ofício.

NBR : Norma brasileira; prefixo das normas da ABNT

UPIS : União Pioneira de Integração Social

 

**Lista de símbolos

Os símbolos devem ser relacionados na ordem em que aparecem no texto, seguidos dos respectivos significados.

Descrição dos elementos                                                         pág.

Al: alumínio

15

C: Carbono

29

**Listas de figuras, quadros e tabelas

As figuras e as tabelas devem ser relacionadas na ordem em que aparecem no texto, seguidas do respectivo número da página.

Elaborar, individualmente de acordo com o tipo de ilustração: gráfico, diagrama, desenho, organograma, fluxograma, quadro, fotografia etc.

Exemplo:   

Descrição dos elementos                                                         pág.

Figura 1: Definições de liderança

15

Quadro 1: Características dos líderes transacionais e transformacionais

29

Tabela 1: Qualidades ou habilidades comuns aos líderes.

32

Tabela 2: Fatores da Escala de Avaliação do Estilo Gerencial

49

Obs.: É necessário que cada lista seja feita em uma página separadamente: uma página para lista de abreviaturas, uma lista para símbolos, uma lista para figuras, outra para quadros e outra para as tabelas.