Pesquisa etnográfica
Segundo Wielewicki (2001, p. 27), citando Hornberger (1993), é a pesquisa que “procura descrever o conjunto de entendimento e de conhecimento específico compartilhado entre participantes que guia seu comportamento naquele contexto específico, ou seja, a cultura daquele grupo”.
Como etnografia é ciência da descrição cultural (LUDKE e ANDRÉ, 1999), a pesquisa etnográfica estuda grupos de pessoas, enfatizando os sujeitos pesquisados, independentemente das teorias que sustentam a descoberta. Assim, os resultados da pesquisa poderiam ser verdades relativas, de difícil generalização, o que provoca discussão sobre este tipo de pesquisa e seus fundamentos.
É pesquisa eminentemente qualitativa, rica em instrumentos observacionais (entrevistas informais, anotações, gravações em vídeo e rádio, observações locais, convivência do pesquisador com entes pesquisados no local dos fenômenos, etc).
Aspecto a relevar é a ausência de teorias na observação dos fatos sociais, ou seja, inexistem explicações apriorísticas dos fenômenos, mas a partir delas é que o pesquisador tenta construir uma teoria para o local estudado e, depois, de forma cuidadosa, fazer generalizações.
Pesquisa fenomenológica
A fenomenologia, tida por Merleau-Ponty (1975), citado por Bruns (2001), como o estudo das essências, é apropriada à pesquisa sobre educação. Se educação, na sua acepção, contempla as possibilidades de seu sujeito – o aluno, a este tipo de pesquisa importa o fenômeno puro, no sentido subjetivo, tal como recebe, processa e se manifesta a consciência, sem considerar o fenômeno com o mundo exterior.
Tem como componentes básicos a análise, a crítica e a reflexão sobre o fenômeno. É adequada à pesquisa em educação sobre a perspectiva do método investigativo, procedimental didático-pedagógico e concepção de realidade de conhecimento.
Como método de investigação exige procedimentos rigorosos de pesquisa, e por isso é capaz de servir a descobertas de características essenciais e construções posteriores. Pode subsidiar oportunidades de intervenções na prática pedagógica e na formulação de políticas educacionais.
Sob o aspecto didático-pedagógico, sua contribuição deriva do fato de trabalhar com a realidade escolar, com o real tal como vivido e se apresenta, independentemente de prescrições de teorizações sobre componentes do processo escolar.
Pesquisa experimental
Experimentos são meios usuais de pesquisa científica que permitem controle do ambiente e dos sujeitos da pesquisa.
Pela pesquisa experimental o pesquisador estabelece um objeto de estudo, seleciona as variáveis que podem influenciá-lo e define mecanismos e formas de controle e de observação dos efeitos causados pelas variáveis selecionadas sobre o objeto pesquisado.
O objetivo é verificar o efeito de uma ou mais variáveis independentes sobre uma variável dependente, ou seja, testar uma relação de causa e efeito de certo fenômeno.
A pesquisa apresenta três modelos comuns de experimentos, que são:
- a pesquisa genuinamente experimental, que é a observação antes e depois com dois grupos;
- a pesquisa pré-experimental, que é a observação antes e depois com único grupo; e
- pesquisa quase-experimental, que é a observação apenas depois de dois grupos.
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