Além da estrutura que o texto deve ter, utilizando-se de aspectos normalizadores e gramaticais, recomenda-se observar alguns conselhos importantes:
1) Abra parágrafos com frequência quando for necessário, para arejar o texto, mas quanto mais vezes, melhor;
2) Escreva o que lhe vier à cabeça, mas apenas em rascunho; depois perceberá que o ímpeto arrebentou-lhe a mão e afastou-o do núcleo do tema. Elimine então as partes menos importantes e divagações. A finalidade da monografia é demonstrar uma hipótese ou assunto que se elaborou inicialmente, e não provar que se sabe de tudo;
3) use o orientador como cobaia; faça-o ler cada capítulo com bastante atenção na sua frente, com antecedência, antes da entrega da monografia. As reações dele poderão ser de grande utilidade. Se o orientador for uma pessoa muito ocupada, recorra a um amigo ou a outro professor de sua confiança. Verifique se qualquer pessoa entende o que você escreveu. Não se faça de gênio solitário;
4) Não se obstine em iniciar o primeiro capítulo; talvez esteja mais preparado e documentado para o capítulo do desenvolvimento. Lembre-se que a Introdução só é terminada após a finalização da monografia;
5) Não use reticências ou pontos de exclamação, nem faça ironias; pode-se adotar uma linguagem absolutamente referencial ou uma linguagem figurada. Por linguagem referencial, entende-se uma linguagem em que todas as coisas são chamadas por seu nome mais comum, ou mais reconhecidos por todos, e que não se presta a equívocos. Um ensaio crítico ou uma monografia científica deveriam, de preferência, ser escritos em linguagem referencial (com todos os termos bem definidos), mas às vezes é útil empregar uma metáfora ou uma ironia;
6) Defina sempre um termo ao introduzi-lo pela primeira vez; não sabendo defini-lo, evite-o. Se for um dos termos principais de sua monografia e não conseguir defini-lo, abandone tudo. Enganou-se de tema!;
7) Nunca use artigo diante de nome próprio; não existe justificativa para dizer “O João” ou “o Rosa”. De qualquer forma, soa um pouco antiquado. Há duas exceções: quando o nome próprio indica um manual célebre, uma obra de consulta ou um dicionário (“segundo o Aurélio”) e quando, numa resenha crítica, citam-se os estudiosos menores ou pouco conhecidos (“comentam a esse propósito o Caprazzoppa e o Bellotte”);
8) Não aportuguese jamais os nomes próprios estrangeiros; há quem indique João Paulo Sarte (Jean Paul Sartre), o que é ridículo. São permitidas exceções, e a principal delas é a que se refere aos nomes gregos e latinos, como Platão, Virgílio, Horácio;
9) Só se devem aportuguesar os sobrenomes estrangeiros em casos de tradução consagrada. Admitem-se Lutero, Confúcio, Tomás de Aquino, num contexto normal.
BOA SORTE !!
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