Quanto aos procedimentos, as pesquisas podem ser:
- estudo de caso; pesquisa documental; pesquisa bibliográfica; levantamento; expost-facto; pesquisa participante; pesquisa-ação; pesquisa etnográfica; pesquisa fenomenológica; pesquisa experimental.
Estudo de caso
Para Lüdke e André (1999), o estudo se assemelha mais a uma abordagem metodológica de pesquisa que a um tipo de procedimento. É composto de três fases: uma exploratória; outra de sistematização de coleta de dados e delimitação do estudo, e a última de análise e interpretação das descobertas.
Trata-se, como os termos indicam, do estudo de certo caso singular visando descoberta de fenômenos em determinado contexto. Enfatiza a interpretação de um caso particular e busca retratar a realidade de forma complexa e profunda.
Mas não é simples fazer generalizações das descobertas neste tipo de pesquisa, porque não têm caráter imediato e requerem cuidados do pesquisador para transpor as constatações para contextos mais amplos.
Por ser singular, único, o estudo de caso permite que o você pesquise tema já estudado ou em estudo por outro pesquisador. Ora, se é um caso particular, carregará sempre aspecto peculiar que o diferenciará de outros, permitindo concepções diferenciadas do objeto estudado.
Pesquisa documental
A pesquisa documental, ou histórica, consiste, de modo geral, na procura, leitura, avaliação e sistematização, objetivamente, de provas para clarificar fenômenos passados e suas relações com o tempo sócio-cultural-cronológico, à cata de conclusões ou explicações para o presente.
De acordo com Gil (1991, p. 51) a “pesquisa documental vale-se de materiais que não receberam ainda um tratamento analítico, ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos da pesquisa”.
A seleção da amostra do material deve ser “proposital” ou “intencional”, escolhida por deliberação do pesquisador mediante pressuposto de adequação para a pesquisa.
É uma técnica que permite estudar um problema a partir da expressão dos indivíduos. Ou seja, considera-se que a linguagem e a comunicação constantes dos documentos produzem fatos sociais a partir do que se pretendeu dizer, ou o fez diferente do que pretendia. É tipicamente uma análise de conteúdos para permitir cotejo entre o que objetivou o documento e a realidade.
As informações relevantes são objeto de fichamento, isto é, a catalogação do conteúdo importante para o trabalho contendo cabeçalho, identificação do autor, título, editora e ano.
Pesquisa bibliográfica
No dizer de Gil (1995), a pesquisa bibliográfica é um trabalho de natureza exploratória, que propicia bases teóricas ao pesquisador para auxiliar o pesquisador no exercício reflexivo e crítico sobre o tema em estudo. Em primeiro momento, serve para aguçar a curiosidade do pesquisador e despertar inquietações.
Serve para ambientar o pesquisador com o conjunto de conhecimento sobre o tema. É a base teórica para o estudo, sendo, por isso, leitura seletiva, analítica e interpretativa dos livros, artigos, textos da Internet, filmes. O pesquisador deve buscar idéias relevantes ao estudo, com registro fidedigno das fontes.
Essas idéias relevantes são objeto de fichamento, isto é, a catalogação do conteúdo importante para o trabalho contendo cabeçalho, identificação do autor, título, editora e ano.
Levantamento
É a pesquisa realizada para conhecimento e descrição de comportamentos e características de indivíduos por meio de perguntas diretamente aos próprios indivíduos.
Pesquisa expost-facto
É a pesquisa realizada após a ocorrência do fenômeno ou experimento.
Pesquisa-participante
É uma concepção de pesquisa em que a investigação social ocorre por meio de forte interação entre o pesquisador e o público pesquisado – a comunidade.
A conjugação dos esforços de pesquisa busca permitir à comunidade análise de sua realidade para benefício próprio. Constitui, assim, terreno fértil para mudanças do que ocorre com a comunidade, o que lhe confere certo potencial educador e político e, por isso, capaz de promover emancipação social dos grupos pesquisados.
Pesquisa-ação
A pesquisa-ação é caracterizada pela estreita cooperação entre os agentes pesquisados e o pesquisador.
Nesse tipo de pesquisa, certa situação-problema, de abrangência coletiva, é investigada para, em discussão com as pessoas atingida por um problema ou questão sobre causas, agentes, opções de reparo, ações, negociações e conflitos, chegar à resolução e gerar aprendizagem sobre o que se tratou.
É educativa e politizadora, tendo, igualmente à pesquisa participante, potencial e intenções transformadoras sob o enfoque social.
Há diferença entre pesquisa-ação e pesquisa-participante. A pesquisa- participante objetiva levar a comunidade a investigar e a analisar sua realidade, e partir daí provocar mudanças a posteriori. Na pesquisa-ação a análise é simultânea à mudança.
Bastante explícito.
ResponderExcluirObrigada!